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Eleições 2020

Candidatos votam no Rio; juiz negocia fim de paralisação de ônibus

Crivella votou na Barra da Tijuca e Eduardo Paes em São Conrado
Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/11/2020 - 11:07
Rio de Janeiro

TSE - Tribunal Superior Eleitoral
Urna eletrônica
© Antonio Augusto/Ascom/TSE

Os candidatos à prefeitura do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos) que tenta a reeleição, e o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM) já votaram neste segundo turno. Crivella votou às 10h06, na Escola Municipal Sérgio Buarque de Holanda, na Barra da Tijuca, zona oeste. Eduardo Paes votou no Gávea Golf Club, em São Conrado, na zona sul. Os dois fizeram sinais com seus números de campanha após concluírem os votos nas urnas eletrônicas.

Sobre a paralisação de rodoviários desde a madrugada deste domingo (29), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio informou que o juiz Luiz Márcio Pereira foi designado para acompanhar a apuração da Polícia Federal (PF). A PF está à frente das investigações porque é a polícia judiciária, acionada em casos relativos à Justiça Eleitoral. Segundo o TRE, o juiz foi para a garagem da empresa Redentor, na zona oeste.

O Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade (Rio Ônibus) classificou de isolada e pontual a paralisação de rodoviários, que vem impedindo as operações das viações Redentor e Futuro agora de manhã. Para o Rio Ônibus, a paralisação, no entanto, não tem causado impacto sobre as atividades das demais empresas que circulam na capital.

O Rio Ônibus congrega 36 empresas operadoras do transporte rodoviário de passageiros do município do Rio de Janeiro e o sistema BRT (Transporte Rápido por Ônibus), divididos em quatro consórcios: Intersul, Internorte, Transcarioca e Santa Cruz.

“É importante destacar que o movimento, além de ilegal – como já declarado pelo TRE-RJ -, não conta com o apoio do sindicato da categoria, que vinha negociando com as empresas o parcelamento do décimo terceiro salário, inclusive com a intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT)”.

O sindicato disse que as dificuldades enfrentadas pelas empresas são consequência do colapso econômico-financeiro pelo qual passa o setor e que vem sendo divulgado publicamente. “O congelamento da tarifa, há aproximadamente dois anos, e a concessão de gratuidades sem fontes de custeio são apenas duas entre as muitas causas da mais grave crise que atinge o transporte por ônibus no município do Rio”, acrescentou.

Apesar de afirmar que entende as demandas da categoria, o Rio Ônibus fez um apelo para que as negociações sejam retomadas e que a paralisação nas viações Redentor e Futuro seja interrompida imediatamente, “para que os eleitores das regiões impactadas possam exercer o direito ao voto neste domingo de segundo turno das eleições municipais”.

O Consórcio Transcarioca, que administra as linhas de ônibus dos rodoviários que entraram em paralisação, informou que nas viações Redentor e Futuro o movimento “vem impedindo a saída dos veículos das garagens. O movimento tem impacto nas regiões de Jacarepaguá e Barra, incluindo localidades como Rio das Pedras e Cidade de Deus, entre outras”.

O consórcio também informou que as negociações para o parcelamento do décimo terceiro salário vinham em andamento, inclusive com a participação do MPT, e, por isso, as empresas foram surpreendidas com a paralisação neste segundo turno. Seguindo o Rio Ônibus, o consórcio destacou as dificuldades financeiras que as empresas de ônibus enfrentam há tempos.

O Consórcio Transcarioca reiterou seu respeito pelos rodoviários, mas fez um apelo aos profissionais para a retomada imediata das negociações, a fim de que “possam evitar que a paralisação prejudique milhares de eleitores que utilizarão o transporte público por ônibus para exercer o democrático direito ao voto”.