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Eleições 2020

Downloads “de última hora” deixaram e-Título instável, diz Barroso

Presidente do TSE pediu que as pessoas “insistam um pouquinho"
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 15/11/2020 - 15:07
Brasília
O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso,visita o projeto Eleições do Futuro, em Valparaíso (GO).
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, pediu desculpas hoje (15) pela instabilidade no e-Título, mas disse que o problema é causado porque muitos eleitores deixaram para baixar o aplicativo de celular em cima da hora.

“Peço desculpas por não termos uma capacidade maior, nós nos defendemos dizendo nós pedimos para as pessoas baixarem o aplicativo com antecedência. Todo mundo baixando no último dia, tem esse problema”, disse Barroso.

O ministro disse que, apesar da sobrecarga, o aplicativo “está funcionando adequadamente”. Ele pediu que as pessoas “insistam um pouquinho".

Desde as primeiras horas de votação, muitos eleitores relatam nas ruas e nas redes sociais dificuldades em acessar os serviços do e-Título, sobretudo o que permite justificar ausência à votação por meio da ferramenta de georreferenciamento existente nos celulares.

Ainda pela manhã, o TSE divulgou uma nota em que disse que “pode haver instabilidade momentânea no uso do aplicativo em razão do excesso de acessos”. Segundo Barroso, somente no sábado (14) foram feitos 3 milhões de downloads do aplicativo.

“Numa característica do brasileiro, as pessoas deixaram para baixar no último dia e na ultima hora”, disse o ministro da cidade de Valparaíso (GO), aonde foi pela manhã para testar quatro projetos pilotos de votação, incluindo por meio de tablet ou celular.

Os protótipos de votação fazem parte do projeto Eleições do Futuro, no qual o TSE lançou um edital para que empresas fizessem demonstrações sobre novas formas de votação por meio eletrônico.

As demonstrações das empresas selecionadas são realizadas nas cidades de Curitiba (PR), Valparaíso de Goiás (GO) e São Paulo (SP). Na simulação, alguns eleitores são convidados a votar em candidatos fictícios. Segundo o TSE, o objetivo é alcançar alternativas de menor custo sem comprometer a lisura da votação.