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MPSP quer que PM paulista use câmeras em operações nas comunidades

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Leandro Martins - repórter da Rádio Nacional
20/12/2024 - 19:02
São Paulo
Uso de câmeras acopladas aos uniformes de policiais militares do estado de São Paulo para registro das suas ações, implementada em 18 unidades, ajudou a reduzir violência policial,trazendo resultados emblemáticos.
© Rovena Rosa/Agência Brasil

A Promotoria do Ministério Público em SP pediu, nessa quinta-feira (20), que o Supremo Tribunal Federal determine à Polícia Militar paulista o uso de câmeras em operações em comunidades. O órgão defende também o uso do equipamento em ações de fim de ano no litoral, apontando o alto índice de letalidade na região na Operação Verão do início do ano, e na Operação Escudo, no ano passado, que deixaram mais de 80 mortos no litoral.

A manifestação da Promotoria paulista acontece em função do pedido do governo Tarcísio de Freitas, na quarta-feira, que tinha pedido a obrigatoriedade dos equipamentos apenas em grandes operações.

No início do mês, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, determinou o uso obrigatório de câmeras corporais por policiais em São Paulo, e com a manutenção do modelo atual de gravação ininterrupta dos equipamentos. E também o acionamento automático das câmeras, conforme o sistema implantado no governo anterior.

A Promotoria também defendeu a obrigatoriedade dos equipamentos para as operações do fim do ano. Neste caso, a gestão Tarcísio afirmou que haveria dificuldades técnicas e operacionais para cobrir toda a operação, já que deixaria outras regiões desabastecidas.

Em resposta, a Secretaria de Segurança paulista informou que o estado conta com um efetivo de cerca de 80 mil policiais militares, para atuar em 645 municípios. E que a maior parte das cerca de dez mil câmeras corporais portáteis, disponíveis na corporação, se encontra na capital e região metropolitana.