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Salud

Brasil já registra quase três mil casos de Oropouche em 2025

Espírito Santo concentra 95% das ocorrências da doença
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Daniella Longuinho – Repórter da Rádio Nacional
30/01/2025 - 17:46
Brasília
Brasília (DF) 02/02/2024 - O Ministério da Saúde define a febre do Oropouche como doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no Brasil,  em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
Foto: Conselho Federal de Farmácia/Divulgação
© Conselho Federal de Farmácia/Divulgação

O Brasil já registra quase três mil casos de Oropouche, com 95% das ocorrências no Espírito Santo. Nas quatro primeiras semanas do ano, foram contabilizados 2.791 casos da enfermidade no país, sendo 2.652 ocorrências apenas no estado capixaba. O Rio de Janeiro soma 99 casos de Oropouche e Minas Gerais, 30. Os demais registros foram na Paraíba, 7; Ceará, Paraná e Roraima, com um caso cada.

O Oropouche é uma doença causada por um arbovírus que foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados, principalmente nos estados da região Amazônica.

A transmissão ocorre, principalmente, pelo inseto conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, o Culicoides paraensis. Os sintomas são parecidos com os da dengue: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia.

O Ministério da Saúde ressalta que não existe tratamento específico para a doença. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento dos sintomas. Recomenda-se evitar contato com áreas de ocorrências e minimizar a exposição às picadas dos vetores. Para isso, é importante usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele. Outra orientação é usar telas em portas e janelas.

Em 2024, a Bahia confirmou duas mortes por febre do Oropouche no estado. Até então, não havia nenhum registro de óbito associado à infecção no mundo. De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia, as mortes foram registradas em pacientes sem comorbidades e não gestantes.

*Com informações da Agência Brasil