Nanossatélite desenvolvido pela UFMA será lançado entre março e abril
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O Brasil vai lançar, ainda neste semestre, um nanossatélite desenvolvido na Universidade Federal do Maranhão, com o apoio da Agência Espacial Brasileira. A informação foi confirmada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação nesta semana.
O principal objetivo da missão é fornecer provas para tecnologia de localização e salvamento de pequenas embarcações em situações de emergência no mar, além de ajudar na prevenção de queimadas, utilizando coleta de dados ambientais, conforme explicou o coordenador do projeto, o professor da UFMA, Carlos Brito.
“Vamos fazer uma transmissão com localizador no solo, para que ele possa receber esses dados e depois retransmitir com as informações de localização. Ou seja, é uma missão que contempla a questão do salvamento de pequenas embarcações que podem entrar em naufrágio em alto mar. E a outra missão secundária é de apoio ao monitoramento de queimadas, por meio de comunicação com plataformas de coleta de dados”.
O nanossatélite batizado de "Aldebaran-I" é pequeno e foi criado no Laboratório de Eletrônica e Sistemas Embarcados Espaciais, onde foram aplicadas todas tecnologias de um satélite de grande porte, explicou Carlos Brito.
“Ele é um cubo, tem 10 centímetros mais ou menos a altura, uma área de 10x10. Menos da metade de uma caixa de sapato. Porém, ele leve todos os subsistemas que um satélite de alto porte”.
O lançamento do nanosatélite será feito por uma empresa indiana, provavelmente entre março e abril. Mas essa data depende dos responsáveis por outras cargas, que o foguete indiano levará ao espaço.
Em janeiro, o nanossatélite brasileiro passou pelo último teste no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em São José dos Campos (SP). Os pesquisadores avaliaram a abertura das antenas, a transmissão de dados e testes de vibração, para ter certeza que o modelo está pronto para operar.
O desenvolvimento do "Aldebaran-I" contou com parcerias com a Universidade Federal de Santa Catarina, empresas, financiadores e Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.
O nanossatélite já está em Brasília, com a empresa responsável pelo transporte para a Índia.
* Com produção de Salete Sobreira
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