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Dizem as Fontes: jornalistas falam de projetos voltados às escolas

Podcast mostra que país deve ter educação midiática nas salas de aula
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Mariana Tokarnia e Akemi Nitahara
07/03/2025 - 07:15
Brasília
Podcast Dizem as Fontes EP 6 - Jornalismo nas escolas
© Arte EBC

O Brasil se prepara para levar a educação midiática para todas as salas de aula do país. Neste último episódio do podcast Dizem as Fontes, jornalistas falam sobre projetos de educação midiática voltados para as escolas.

Lembrando que educação midiática, de forma geral, é uma educação para que as pessoas sejam capazes de acessar e analisar a mídia, seja ela digital ou não, e também sejam capazes de criar conteúdo para as redes sociais e outros meios.

E desde 2018, o país tem um documento que se chama BNCC, Base Nacional Comum Curricular. Ele define o mínimo que deve constar em todos os currículos, de todas as escolas do país, sejam públicas ou particulares.

Na BNCC, estão previstas práticas de educação midiática. Esse documento começou a ser implementado em 2020. Além disso, em 2023, depois de uma consulta pública, o governo federal elaborou a chamada Estratégia Brasileira de Educação Midiática. Nesse outro documento, estão previstas ações para que a população brasileira tenha acesso a esse conhecimento. Entre essas ações, está a educação midiática nas escolas.

Mariana Mandelli é jornalista e coordenadora de comunicação do Instituto Palavra Aberta. O Instituto tem um projeto que se chama EducaMídia, voltado para a formação de professores, para que possam levar a educação midiática para as salas de aula.

“A sala de aula é só o começo dessa jornada. Criar condições para o exercício responsável da liberdade de expressão é missão de todos nós. EducaMídia, cidadania para o mundo conectado.”

Também voltada principalmente para os professores, a Lupa desenvolveu a newsletter Intervalo. Nela, estão reunidas boas práticas de educação mediática e sugestões de atividades para serem desenvolvidas nas salas de aula. A Lupa surge como uma agência de checagem, ou seja, ela confere as informações que são divulgadas na mídia e redes sociais. Após checá-las, diz se são verdadeiras ou falsas. Victor Terra, jornalista que trabalha na Lupa Educação destaca:

“A ideia de desenvolver um projeto de educação na Lupa surge quando a gente percebe que fazer a checagem de fatos não era suficiente para resolver o problema da desinformação, que vem crescendo nos últimos anos. Nesse sentido, a gente entendeu que seria importante trabalhar na direção de um trabalho de base, fazer um trabalho focado na educação e na formação do cidadão, para pensar as mídias de maneira mais consciente.”

E para que os próprios jornalistas saibam da importância que tem, a educação midiática tem que estar também nas salas de aula das faculdades de comunicação. Este é o trabalho da jornalista e professora Sandra Cabral, que desenvolveu uma disciplina de educação midiática na USCS, Universidade Municipal de São Caetano do Sul, no estado de São Paulo.

Sandra acredita que com mais educação midiática teremos também uma sociedade melhor:

“Os jornalistas que querem trabalhar com a educação midiática eles precisam levantar muito mais essas questões nas matérias que eles produzem. Devem levantar essa necessidade. E eu acredito até que mostrar que precisa da educação midiática lá na educação básica, não só para quem faz jornalismo, a população precisa. Então acho que partindo da educação a gente vai construir coisas muito melhores, sociedade muito melhor e crianças muito menos impactadas por crimes virtuais, por cyberbullying, por discurso de ódio. Porque se desde pequenininha ela vai sendo levada a isso, claro, de uma forma mais lúdica, etc e tal, a gente vai ter uma sociedade muito mais crítica, né? E muito mais cidadã, com participação efetiva, sabendo o que quer, sabendo como fazer. Essa é a minha meta, eu quero defender muito isso, todos nós que falamos de educação midiática precisamos nos juntar, né, para que a gente possa realmente levar isso adiante e não só para um segmento, né? Ampliar e ampliar muito.”

Este é o podcast Dizem as Fontes, uma parceria entre a Radioagência Nacional e a Agência Brasil. Este projeto começou na academia, fruto do mestrado profissional de Mariana Tokarnia, na área de mídias criativas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ.

Você também pode ouvir na Radioagência Nacional o projeto original Crianças Sabidas, com jornalismo voltado para o público infantil. Todos os capítulos estão disponíveis nos tocadores de áudio e no site da Radioagência Nacional, um serviço público de mídia da EBC

Você pode conferir, no menu abaixo, a transcrição do episódio, a tradução em Libras e ouvir o podcast no Spotify, além de checar toda a equipe que fez esse conteúdo chegar até você.  

PODCAST DIZEM AS FONTES - Episódio 6 – Jornalismo e as escolas

VINHETA: Dizem as fontes - jornalismo e educação midiática

SOBE SOM 🎶 

Episódio 6 – O jornalismo e a escola

SOBE SOM 🎶

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

MARIANA: O Brasil se prepara para levar a educação midiática para todas as salas de aula do país.

EFEITO SONORO SIRENE E ESCOLA 🎶

MARIANA: Vamos lembrar, educação midiática, de forma geral, é uma educação para que as pessoas sejam capazes de acessar e analisar a mídia, seja ela digital ou não, e também sejam capazes de criar conteúdo para as redes sociais e outros meios.

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

MARIANA: Desde 2018, o Brasil tem um documento que se chama BNCC, Base Nacional Comum Curricular. Ele define o mínimo que deve constar em todos os currículos, de todas as escolas do país, sejam públicas ou particulares. Na BNCC, estão previstas práticas de educação midiática. Esse documento começou a ser implementado em 2020. Além disso, em 2023, depois de uma consulta pública, o governo federal elaborou a chamada Estratégia Brasileira de Educação Midiática. Nesse outro documento, estão previstas ações para que a população brasileira tenha acesso a esse tipo de educação. Entre essas ações, está a educação midiática nas escolas.

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

MARIANA: E os jornalistas? Qual o papel do jornalismo junto às escolas? Como o jornalismo pode contribuir? Neste episódio, jornalistas falam sobre projetos de educação midiática voltados para as escolas, dos quais participaram ou ainda participam.

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

MARIANA MANDELLI: O lema do Palavra Aberta, é quanto mais você sabe, melhor você decide. Então, a ideia é essa, que você forme cidadãos para o mundo conectado, cidadãs para o mundo conectado, que saibam diferenciar fatos de opinião, que tenham cuidado com golpes digitais, que saibam buscar fontes de informação, que não repassem teorias da conspiração, que tenham cuidados com os algoritmos, né, que entendam minimamente como aquilo funciona, como estamos enclausurados muitas vezes em bolhas temáticas, em bolhas informacionais.

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

MARIANA: Esta é Mariana Mandelli, jornalista e coordenadora de comunicação do Instituto Palavra Aberta. O Instituto tem um projeto que se chama EducaMídia, voltado para a formação de professores, para que possam levar a educação midiática para as salas de aula.

ÁUDIO EDUCAMÍDIA: A sala de aula é só o começo dessa jornada. Criar condições para o exercício responsável da liberdade de expressão é missão de todos nós. EducaMídia, cidadania para o mundo conectado.

MARIANA MANDELLI: Falar de educação midiática nem sempre é fácil, né. A gente sente no EducaMídia, muitas vezes, que as pessoas não acham que porque elas têm uma conta numa rede social, porque elas mexem bem no Instagram, no Facebook, no YouTube, a rede que seja, elas não precisam desenvolver nenhuma habilidade para isso, né. Existe essa barreira, né. Os próprios jovens, que a gente sabe que mexem muito melhor que a gente, né, que tem uma facilidade de manuseio, de navegação, que nós, pessoas, né, acima dos 30, 40, 50, 60 anos, não temos. É importante a gente destacar que existem pesquisas, existem dados que mostram que a educação midiática, a educação digital, elas são sim necessárias para aquela geração que a gente chama de nativos digitais, né. Tem um dado recente do último Pisa, em uma das questões do Pisa, foi mostrado que no Brasil, 67% dos jovens de 15 anos não sabem diferenciar fato de opinião. Então, esse é um indicativo de algo que é bastante preocupante, porque não é só porque eles sabem mexer, sabem destravar uma tela, todo mundo tem na família, uma criança, um adolescente que pegou o celular e soube mexer ali, destravar, “como é que ele sabia minha senha”, né, “como é que ele fez compra online”, vira e mexe essas histórias viralizam e todo mundo tem uma história assim na família. Porque a gente tem essa sensação que eles nascem sabendo, mas eles precisam desenvolver consciência crítica, pensamento crítico, interpretação de conteúdos e de mensagens. Porque o mundo em que eles nasceram, não há uma hierarquia de informações como no nosso, né, em que a gente estava acostumado a abrir um jornal e a gente saber que o que está na capa, o que está em cima da página, é considerado, por aquele veículo, mais importante para a audiência saber, né. Hoje, as timelines quebraram essa hierarquia de informação e a informação chega para a gente o tempo inteiro, por diferentes formas, diferentes veículos, diferentes meios e a gente filtrar o que é importante, o que não é, o que é verdadeiro, o que não é, o que é parcialmente verdadeiro, porque a informação tirada de contexto também é desinformação, né? Às vezes não é mentirosa, mas ela é antiga, ela foi tirada de lugar, né, e aquilo lá já mudou. Então, é importante a gente ter tudo isso na cabeça quando a gente analisa, quando a gente recebe uma mensagem, quando a gente vê um post, um conteúdo, um vídeo no Tik Tok. Isso precisa ser incentivado na escola.

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

SOBE SOM 🎶 

MARIANA: Mariana conta que nem sempre é fácil falar de educação mediática.

MARIANA MANDELLI: Então, ensinar os jovens, e também os adultos, a interrogar a informação, elas levam para si, elas acham que é sobre elas, no sentido de que, “mas eu não faço isso, eu não repasso, está me chamando de mentiroso?”, né? Então, tem um caminho ali para a gente explicar, para a gente mostrar que essa dificuldade é uma dificuldade de todos nós, né, com diferentes níveis, é claro, por questão de trajetória de vida, de escolaridade, de acesso à informação, acesso ao conhecimento. Mas, fica cada vez mais evidente que a educação mediática é sim uma necessidade para todos nós, né. É tão complexo, às vezes, quando a gente simplesmente fala a frase, “não repasse fake News”. As pessoas, muitas vezes, não se dão conta de que aquilo é fake News, né? Então, ela só acha fake News aquilo que não está de acordo com o viés, né, de confirmação dela, com as crenças dela. Então, ela não vai chegar nem a interrogar aquela informação, ela não vai repassar aquilo que não é ideologicamente compatível com o que ela imagina, com o que ela pensa, né, com as coisas nas quais ela acredita, e repassa aquilo que muitas vezes é sim mentiroso, é uma desinformação, mas tem a ver com aquilo que ela acredita politicamente. Então, é complexo, é difícil, não é uma conversa muito fácil, mas há formas, há maneiras de a gente conscientizar as pessoas de todas as faixas etárias de que a educação mediática é, sim, importante para elas.

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

SOBE SOM 🎶 

MARIANA: Para Mariana, o jornalismo tem um papel fundamental na educação mediática, e a educação mediática pode também ajudar a promover o jornalismo profissional.

MARIANA MANDELLI: O jornalismo está se reinventando, existem trabalhos incríveis que saem um pouco do que a gente tem como imprensa tradicional, e a própria imprensa tradicional vem se reinventando, mas a gente também precisa criar esse gosto na audiência pela informação, né? Pela informação que foi apurada, que foi checada, que foi publicada por um profissional. Então, é importante que a gente fortaleça o trabalho dos jornalistas, dos veículos, e a educação mediática é um dos melhores caminhos para isso.

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

SOBE SOM 🎶 

MARIANA: Também voltada principalmente para os professores, a Lupa desenvolveu a newsletter Intervalo. Nela, estão reunidas boas práticas de educação mediática e sugestões de atividades para serem desenvolvidas nas salas de aula. A Lupa surge como uma agência de checagem, ou seja, ela confere as informações que são divulgadas na mídia e redes sociais. Após checá-las, diz se são verdadeiras ou falsas. E por que uma agência de checagem decidiu se voltar para as escolas?

EFEITO SONORO SIRENE 🎶

VICTOR: A ideia de desenvolver um projeto de educação na Lupa surge quando a gente percebe que fazer a checagem de fatos não era suficiente para resolver o problema da desinformação, que vem crescendo nos últimos anos. Nesse sentido, a gente entendeu, a Lupa entendeu, seria importante trabalhar na direção de um trabalho de base, né, fazer um trabalho focado na educação e na formação do cidadão, para pensar as mídias de maneira mais consciente. Nesse sentido, surge o Lupa Educação com essa proposta de trabalhar as mídias, né, a educação para as mídias e o letramento mediático com foco, acreditando que a partir desse tipo de formação a gente conseguiria, e a gente tem conseguido, capacitar as pessoas para terem um olhar mais crítico sobre a mídia e, com isso, reduzir e combater a desinformação.

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

MARIANA: Este é o Victor Terra, jornalista que trabalha na Lupa Educação.

VICTOR: A gente trabalha desde conteúdos voltados para discussões envolvendo desinformação até conteúdos voltados para metodologias dentro de sala de aula, ensinando os professores, as professoras, e dando sugestões também de como a gente pode propor metodologias ligadas à educação midiática, ligada a essas ferramentas e a essas plataformas midiáticas que existem hoje e que, muitas vezes, têm potencial, mas o educador, enfim, e os próprios jornalistas não conseguem perceber essas potências e como desenvolver essas potências nos seus projetos, enfim, na sala de aula e, de modo mais geral, assim, a nível de escola, a nível de universidade, de projetos de pesquisa. Então, dentro de todo esse escopo, a gente tem trabalhado e tem sido realmente muito gratificante porque a gente já consegue ver os efeitos disso, né, a gente já consegue ter alguns feedbacks muito importantes, tanto de professores, pesquisadores, enfim. Mostrando que, de fato, a mídia hoje, né, ela atravessa todos esses processos de informação. Então, com a Lupa Educação, a gente vem percebendo que faz cada vez mais sentido pensar em educação midiática, faz cada vez mais sentido propor esses tipos de iniciativas junto aos professores, junto aos educadores, e é nesse caminho que a gente tem tentado seguir.

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

SOBE SOM 🎶 

MARIANA: Falando sobre educação midiática, a Lupa acaba explicando também a prática jornalística e aproximando o jornalismo da população e dos estudantes.

VICTOR: Então, esse trabalho de escuta também do jornalista, né, que é uma das nossas funções, escutar com atenção e colocar aquilo da maneira mais objetiva e mais evidente possível, ele também acontece dentro desse processo de interface com a educação midiática. Então, eu acho que é por aí. Tem um trabalho de enriquecimento das duas partes, né? O jornalismo se potencializa quando ele trabalha junto com a educação, e a educação também se potencializa quando ela extrai do jornalismo as suas ferramentas de comunicação de modo mais geral.

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

SOBE SOM 🎶 

MARIANA: Para Vitor, no mundo de hoje, é difícil falar em uma educação voltada para formar pessoas críticas sem falar também sobre comunicação.

VICTOR: Eu acho que uma das principais dificuldades que a gente tem, ainda, trabalhando com a educação midiática é, primeiro, fazer as pessoas entenderem o que é a educação midiática. Porque existe ainda uma visão de que educação midiática, por exemplo, é você meramente ensinar alguém a mexer no computador, a acessar um navegador, a navegar num portal de notícias, e educação midiática é muito mais do que isso. Educação midiática é uma maneira de olhar para a mídia e olhar para a mídia de maneira crítica. No sentido de entender quais são os elementos que estão colocados, entender por que aquele tom daquele texto está sendo usado, por que aquela imagem está aparecendo e está sendo utilizada para comunicar uma determinada informação. Então, há, ainda, um entendimento muito restrito da educação midiática no cenário atual. Eu acho que isso vai mudar nos próximos anos, a gente vem trabalhando para isso, muito fortemente, né. Tem uma dimensão também das pessoas entenderem que a educação midiática, ela é um caminho formativo que vai ser cada vez mais importante, tão importante quanto outras formações que a gente tem, né. Tem aí a alfabetização, a gente aprende a ler, a gente aprende a escrever, tem o letramento pelo qual a gente passa e a gente vai percebendo que nesses próximos anos, o letramento midiático, quer dizer, aprender a ler a mídia, vai ser cada vez uma tarefa e uma demanda de todo cidadão, né. Não é só das pessoas mais jovens, que estão na escola, que estão na universidade, mas de outras faixas etárias, de outros grupos. É preciso que todo mundo tenha um entendimento para que possa, de alguma maneira, lidar melhor com o que chega através das redes sociais, o que chega por meio do WhatsApp, o que chega, às vezes, numa roda de conversa que você está participando e conseguir elaborar se aquela informação tem um potencial, por exemplo, desinformativo, se aquela informação é confiável ou não. Então, nesse sentido, eu acho que a educação midiática ainda tem um longo caminho a percorrer, mas que a gente também já consegue perceber um interesse muito grande das pessoas e não só pessoas que estão no campo meramente da educação, né, um público mais geral que se interessa por entender esse assunto e isso é muito positivo, mostra que é uma área com um enorme potencial para a gente trabalhar.

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

SOBE SOM 🎶 

MARIANA: Para que os próprios jornalistas saibam da importância que tem, a educação midiática tem que estar também nas salas de aula das faculdades de comunicação. Este é o trabalho da jornalista e professora Sandra Cabral, que desenvolveu uma disciplina de educação midiática na USCS, Universidade Municipal de São Caetano do Sul, no estado de São Paulo.

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

SANDRA: A ideia de me mover com educação midiática veio desde quando eu fiz Educomunicação e aí eu percebi que dava para levar para os meus alunos de jornalismo, por conta disso eu desenvolvi duas disciplinas na USCS, que estão na grade e que sou eu que dou essas disciplinas, Jornalismo de Educação já há dois anos na grade e, desde o início deste ano, Educação Midiática. Essas disciplinas estão no curso de jornalismo da USCS e uma coisa bacana é que tanto no Jornalismo de Educação quanto na disciplina de Educação Midiática, eu consigo mostrar para os estudantes essa questão da necessidade da busca pelo senso crítico, da preocupação com os fatos, com os conteúdos, o idôneo, o que não é, então a gente desenvolve trabalhos incríveis lá. E eu desenvolvi uma pesquisa no início do ano com esses alunos da educação midiática que acabou virando um artigo, esse artigo foi apresentado no Intercom Nacional, essa pesquisa mostra o impacto da educação midiática nos estudantes de jornalismo, como isso beneficia a eles e ao mesmo tempo, também por conta da pesquisa, mostra como eles gostariam de ter tido isso muito antes, ou seja, na educação básica. Então aí, a partir desse estudo, eu também levanto a questão da necessidade da educação midiática na educação básica e faço um link com a BNCC.

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

MARIANA: Sandra acredita que com mais educação midiática teremos também uma sociedade melhor.

SANDRA: Os jornalistas que querem trabalhar com a educação midiática eles precisam levantar muito mais essas questões nas matérias que eles produzem, nos conteúdos que eles produzem. Devem levantar essa necessidade. E eu acredito até que mostrar que precisa da educação midiática lá na educação básica, não só para quem faz jornalismo, né, a população precisa. Então acho que partindo da educação a gente vai construir coisas muito melhores, sociedade muito melhor e crianças muito menos impactadas por crimes virtuais, por cyberbullying, por discurso de ódio. Porque se desde pequenininha ela vai sendo levada a isso, claro, de uma forma mais lúdica, etc e tal, a gente vai ter uma sociedade muito mais crítica, né? E muito mais cidadã, com participação efetiva, sabendo o que quer, sabendo como fazer. Essa é a minha meta, eu quero defender muito isso, todos nós que falamos de educação midiática precisamos nos juntar, né, para que a gente possa realmente levar isso adiante e não só para um segmento, né? Ampliar e ampliar muito.

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

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MARIANA: Este foi o último de seis episódios do podcast Dizem as Fontes - jornalismo e educação midiática, fruto do meu mestrado profissional em Mídias Criativas na Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, com orientação de Inês Maciel. Todos os capítulos estão disponíveis nos tocadores de áudio e no site da Radioagência Nacional, um serviço público de mídia da EBC.

SOBE SOM 🎶 

MARIANA: Eu sou Mariana Tokarnia, repórter da Agência Brasil. Eu fiz a reportagem, entrevistas, roteiro, apresentação e montagem desse podcast.

Akemi Nitahara complementou a edição, sonorização e adaptação.

Tâmara Freire gravou a vinheta e os títulos dos episódios. 

Implementação web de Lincoln Araújo e Beatriz Arcoverde, que também faz a coordenação de processos. 

Utilizamos na trilha sonora a composição Informalidade, de Ricardo Vilas. 

SOBE SOM 🎶 

MARIANA: Este episódio usou áudios de vídeos de EducaMidia e BBC News Brasil, disponíveis no Youtube.

SOBE SOM 🎶 

MARIANA: Muito obrigada por nos acompanhar até aqui e até a próxima! 

SOBE SOM 🎶 

EFEITO SONORO MÁQUINA DE ESCREVER 🎶

SOBE SOM 🎶 

Em breve

Reportagem, entrevistas, roteiro, apresentação e montagem

Mariana Tokarnia
Edição, sonorização e adaptação Akemi Nitahara 
Coordenação de processos

Beatriz Arcoverde

Identidade visual e design:

Caroline Ramos

Interpretação em Libras: Equipe EBC
Implementação na Web:

Lincoln Araújo e Beatriz Arcoverde

Trilha Ricardo Vilas
Locução da vinheta e títulos dos episódios Tâmara Freire
Áudios TV Câmara e Canal Futura, disponíveis no YouTube