Lula entrega mais de 12 mil lotes de terras da reforma agrária

O presidente Lula entregou, nesta sexta-feira (7), mais de 12 mil lotes de terras da reforma agrária para famílias de 138 assentamentos rurais de 24 estados do país.
A cerimônia ocorreu no Complexo Ariadnópolis, no município de Campo do Meio, ao sul de Minas Gerais, onde está localizado o Quilombo Campo Grande, assentamento de ex-funcionários de uma usina de açúcar que entrou em falência em 1990 e deixou dívidas com a União.
Desde a criação do acampamento, a massa falida da empresa foi alvo de 11 reintegrações de posse. Ao todo, 450 famílias estão integradas ao território e cada uma tem, em média, 8 hectares de terras. Elas produzem, juntas, 160 tipos de alimentos, como mandioca, feijão, hortaliças e café.
O presidente Lula defendeu os programas de reforma agrária ao citar que as grandes propriedades detêm quase seis vezes a extensão de terra das pequenas, mas os pequenos produtores são os principais responsáveis pelo cultivo de alimentos que são levados à mesa da população.
A alta no preço dos alimentos também foi citada por Lula, que destacou medidas anunciadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin para conter os preços, como a isenção da tarifa de importação de nove produtos alimentícios, entre eles café, carne, azeite e milho.
Para o governo, a medida não prejudicará os produtores nacionais, apesar da concorrência com o alimento importado.
Na cerimônia de entrega de terras da reforma agrária, Lula ressaltou que pode tomar medidas mais drásticas para baixar o custo dos alimentos e afirmou que atravessadores podem estar por trás da alta do preço do ovo no país.
"A gente não quer brigar com ninguém. A gente quer encontrar uma solução pacífica, mas, se a gente não encontrar, vai ter que tomar atitudes mais drásticas, porque o que interessa é levar a comida barata para a mesa do povo brasileiro. E ela pode ser barata pagando o preço justo do produtor", afirmou.
Segundo o presidente, de janeiro de 2023 a janeiro de 2025, a caixa do ovo com 30 dúzias variou próximo de R$ 140. No mês de fevereiro deste ano, ela subiu para R$ 210.
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal, a alta no preço dos ovos é uma situação sazonal, comum ao período que antecede a quaresma, quando as famílias costumam substituir o consumo de carnes vermelhas por ovos.
A associação ainda cita aumento nos custos de produção, como o preço do milho e das embalagens, e as temperaturas em níveis históricos, que impactam na produtividade das aves.
Para a entidade, o mercado deverá se normalizar até o final da quaresma, que vai até 17 de abril.
*Com informações da Agência Brasil




