logo Agência Brasil
Esportes

Coluna - Qual será o limite?

Já na final, Flamengo faz torcida sonhar
Sergio du Bocage - Apresentador do programa No Mundo da Bola da TV Brasil. A coluna do apresentador será publicada pela Agência Brasil semanalmente às terças-feiras.
Publicado em 17/12/2019 - 17:23
Rio de Janeiro
Soccer Football - Club World Cup - Semi Final - Flamengo v Al Hilal - Khalifa International Stadium, Doha, Qatar - December 17, 2019  Flamengo's Giorgian de Arrascaeta celebrates scoring their first goal   REUTERS/Ibraheem Al Omari
© IBRAHEEM AL OMARI
Soccer Football - Club World Cup - Semi Final - Flamengo v Al Hilal - Khalifa International Stadium, Doha, Qatar - December 17, 2019  Flamengo's Rafinha celebrates in front of fans after the match  REUTERS/Corinna Kern
© CORINNA KERN

A semifinal do Mundial de Clubes confirmou impressões deixadas pelo Flamengo ao longo da temporada, e outras do jogo único da final da Copa Libertadores. Menos mal para os rubro-negros que o que mais foi visto em 2019 prevaleceu. E o Flamengo venceu o Al-Hilal, garantiu vaga na decisão e permitiu à torcida, em todo lugar, sonhar com um novo dezembro de vitórias.

Se pensarmos friamente, melhor para o Flamengo – ao menos em tese – é torcer para o Monterrey, do México, no jogo desta quarta-feira (18) contra o Liverpool. Até pelo retrospecto, já que desde 2005, quando o Mundial de Clubes adotou esse formato atual, nenhum time mexicano foi finalista. Por outro lado, são 11 títulos europeus e apenas três brasileiros.

Mas, voltando à realidade, deve dar Liverpool na outra semifinal. O Flamengo tem de se preocupar é com ele próprio. Contra o Al-Hilal, o início do jogo foi igual ao que se viu em Lima, contra o River Plate. O adversário em cima, pressionando com velocidade, buscando o jogo pela direita, em cima do lateral Filipe Luís. E assim saiu o gol, bem parecido com o dos argentinos, no Peru.

No segundo tempo vimos o Flamengo do Brasileirão. Pressionando, se valendo de uma característica que o fez ganhar vários jogos – o preparo físico. O gol no início, em jogada do trio “Gabigol – Bruno Henrique – Arrascaeta”, serviu para acalmar o time e dar início à reação. Que se confirmou como em Lima, com a entrada de Diego. O Al-Hilal estava batido, bem mais cedo que o River, com tempo para sofrer mais um gol e ter um jogador expulso.

O Flamengo evitou os vexames de Internacional (2010) e Atlético-MG (2013), eliminados na semifinal, e repete os desempenhos de Santos (2011) e Grêmio (2017), que chegaram na final. Chegou ao limite? Nas duas vezes em que os ingleses enfrentaram os brasileiros saíram de campo derrotados – em 2005 o São Paulo bateu o Liverpool; em 2012, o Corinthians superou o Chelsea. Será um tabu? Ainda teve o Internacional, campeão em 2006 em cima do Barcelona.

Sonhar é possível e não custa nada. Em dezembro de 81 o mesmo sonho virou realidade.