Jogadores e clubes brasileiros se posicionam contra o racismo
A luta contra a discriminação racial começou a semana repercutindo com força no mundo do futebol. A revelação do Vasco Talles Magno publicou no Twitter: “Não adianta não ser racista, temos que ser antirracistas”. A frase é da ativista política norte-americana Angela Davis. O lateral do Fluminense Igor Julião também tratou do tema nas redes sociais e indagou: “Já parou de tratar as religiões de matrizes africanas de forma pejorativa, tem consumido música, filmes, livros e etc de artistas negros. Já separou um tempo para estudar e entender a influência africana em nosso país”.
NÃO ADIANTA “não ser racista” TEMOS que ser ANTIRRACISTAS! #VidasNegrasImportam ✊🏻✊🏼✊🏽✊🏾✊🏿
— Talles Magno (@talles_magno2) June 1, 2020
Para Marcelo Carvalho, fundador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, há uma nova geração que se posiciona e dialoga com a sociedade e com as comunidades de onde muitos vieram. “Eles percebem que não adianta ser rico e famoso, porque o racismo vai continuar a persegui-los, seja nos campos brasileiros ou europeus”, afirma, lembrando que as redes sociais, além de trazer informações com maior velocidade, formam um coro de protesto que pensa fora das quatro linhas: “Uma voz puxa a outra. Eles vão se encorajando e passam a não ter mais medo de uma possível represália do sistema. É um movimento que, caso não seja silenciado, pode crescer e se aprofundar para falar de outras lutas políticas e sociais do país”.
Os clubes de futebol também se manifestaram contra o racismo. Houve inclusive uma corrente virtual na qual cada um citava o nome de três jogadores históricos negros. O Grêmio, por exemplo, afirmou: “Racismo não é opinião ou preferência política, racismo é crime! Bruno Cortez, Airton Pavilhão e Roger Machado”.
Racismo não é opinião ou preferência política, racismo é crime!
— Grêmio FBPA (de 🏡) (@Gremio) June 1, 2020
Bruno Cortez, Airton Pavilhão e Roger Machado ajudaram a construir e manter a nossa história.
E vocês, @SaoPauloFC, @FluminenseFC e @Nacional?
Cite três jogadores e três clubes.#VidasNegrasImportam #ClubeDeTodos https://t.co/9qLi7RE43l
O São Paulo respondeu com “Leônidas da Silva, Kátia Cilene e Mineiro”.
É preciso ser antirracista!
— São Paulo FC (de 🏠) (@SaoPauloFC) June 1, 2020
Leônidas da Silva, Kátia Cilene e Mineiro ajudaram a construir e manter a nossa história.
E vocês, @Flamengo, @Chapecoense e @Coritiba? Citem três jogadores e três clubes.#VidasNegrasImportam#ClubeDeTodos https://t.co/caJAnr5ZLm
Já o Corinthians fez um vídeo e colocou na internet: “O racismo mata e destrói famílias no Brasil e no mundo. Não se cale. Nós nos importamos com essas vidas”.
O racismo mata e destrói famílias no Brasil e no mundo. Não se cale. Nós nos importamos com essas vidas. Por isso somos Corinthians. ✊🏾#VidasNegrasImportam#BlackLivesMatter pic.twitter.com/dlE0hcxfCD
— Corinthians (de 🏡) (@Corinthians) June 1, 2020