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Esportes

Tênis brasileiro em cadeira de rodas volta a competir após seis meses

Daniel Rodrigues e Ymanitu Silva disputam torneios na França
Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e Rádio Nacional
Publicado em 15/09/2020 - 14:02
São Paulo
Ymanitu Silva, mesatenista paralímpico, pode representar o Brasil na Paralimpíada de Tóquio, em 2021
© Ale Cabral/CPB/Direitos Reservados

Nesta quarta-feira (16), tem início o Toyota Open International, na Ilha de Ré (França), o primeiro torneio envolvendo tenistas brasileiros em cadeira de rodas, após seis meses de paralisação por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19). O país será representado pelo mineiro Daniel Rodrigues e pelo catarinense Ymanitu Silva, que viajaram no último domingo (13).

O circuito mundial foi  reaberto na última quinta (10) com o US Open, em Nova York (Estados Unidos). Ainda na França, a dupla brasileira disputará o Aberto da Riviera, a partir do próximo dia dia 28. São as únicas competições previstas para setembro, segundo a Federação Internacional de Tênis (ITF, sigla em inglês).

Apesar de competirem por categorias diferentes, Ymanitu e Daniel chegaram a treinar juntos em Itajaí (SC), em julho. O catarinense, 10º colocado no ranking mundial na classe quad (atletas com deficiência em três ou mais regiões do corpo) e que integra a equipe fixa de uma academia em Itajai (SC), conseguiu manter uma rotina menos restritiva de treinos, apesar da pandemia. O mineiro, 11º do mundo na classe open (tenistas com deficiência nos membros inferiores) masculina, ficou quatro meses sem conseguir treinar e precisa adaptar a rotina.

Daniel Rodrigues - tênis em cadeira de rodas
O mineiro Daniel Rodrigues, 11º do mundo na classe open masculina, ficou quatro meses sem conseguir treinar e precisou adaptar a rotina. - Douglas MagnoExemplus/CPB/Direitos Reservados

"Fiquei 20 dias em Itajaí, porque em Belo Horizonte estava tudo fechado. Quando voltei, como os clubes ainda não estavam liberados, arrumei uma quadra para conseguir treinar três vezes por semana, uma hora por dia, que é muito pouco, em vista do que eu treinava", conta Daniel, que competiu pela última vez em março, no Aberto da Georgia (Estados Unidos). Ele avançou à segunda fase, mas o torneio teve de ser interrompido.

Segundo a Confederação Brasileira de Tênis (CBT), a participação dos atletas foi viabilizada, em meio às restrições de viagem devido à pandemia, por uma parceria institucional com a Federação Francesa de Tênis. "Depois de seis meses só treinando, poder voltar a competir é importante para poder avaliar em que nível está o nosso trabalho e treinamento. É bom voltar e ter novamente esse friozinho na barriga por competir", destaca Ymanitu, em comunicado divulgado pela CBT.