Coluna - Flamengo vai do céu ao inferno no LoL e Free Fire
O Flamengo vive duas realidades bem diferentes nas duas principais competições de esporte eletrônico no país: o Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL) e a Liga Brasileira de Free Fire (LBFF). No torneio da Riot Games, a equipe rubro-negra terminou a fase regular com 13 vitórias, em primeiro lugar, uma liderança mantida desde a primeira rodada. Já na competição da Garena, os cariocas amargaram o rebaixamento automático, após terminarem a competição na 17ª posição.
O Flamengo começou a LBFF com uma novidade: o fim da parceria com a B4. O Rubro-Negro buscava uma maior autonomia na gestão das equipes de games, sem a necessidade de parceria com outras empresas. Para isso, contratou uma agência para gerenciar a área de esporte eletrônico, a norte-americana Simplicity. A antiga B4 Flamengo, que no fim de 2020 terminou o 3º Split da Liga em terceiro lugar, continuou no torneio, agora apenas sob o nome "B4", mantendo inclusive alguns jogadores no elenco. Já o Flamengo comprou a vaga da KPA, que no ano anterior conquistou a classificação para a elite.
Durante o torneio, a B4 teve uma atuação mediana, mas boa o suficiente para avançar até a final com o nono lugar da fase regular. Já o Flamengo não conseguiu sair da parte de baixo da tabela desde o início da competição. Ao fim da sétima semana, disputada em rodada tripla, a equipe rubro-negra ocupava o 14º lugar, com 412 pontos, apenas 27 a menos que a Black Dragons, em 12.º, último time na zona de classificação. Apesar da esperança da torcida, os rubro-negros tiveram um desempenho bem aquém do esperado, o que culminou com o Flamengo caindo para a 17ª posição, confirmando assim o rebaixamento automático.
Mesmo no CBLoL, a situação do Flamengo não é das melhores. A equipe começou o torneio vencendo tudo, emendando uma invencibilidade que só cairia na sexta semana da competição. Desde que confirmou a vaga nos playoffs, na rodada seguinte, o Flamengo só emendou uma derrota atrás da outra. Foram quatro no total, um desempenho que mereceu até críticas de Jed Kaplan, diretor-executivo da Simplicity, a empresa responsável pela gestão de esporte eletrônico no clube carioca. Em uma postagem no Twitter, o norte-americano chamou de constrangedora a derrota para a LOUD no último sábado (13). Embora ele tenha demonstrado confiança em uma vitória no dia seguinte, o Rubro-Negro fracassou novamente, dessa vez contra a FURIA. O primeiro lugar e a classificação nas semifinais só não ficaram em risco por conta de outros resultados que terminaram beneficiando o time nessa reta final.
Não é a primeira vez que o Flamengo começa atropelando os rivais e decepciona na reta final. No primeiro split de 2020, o Flamengo perdeu por 3 a 0 a disputa do título contra a KaBuM!. Antes de levantar a taça no segundo split de 2019, a equipe carioca já acumulava três vice-campeonatos (dois no CBLoL e um no Circuito Desafiante).
Outros clubes tradicionais de futebol têm o que comemorar, ao menos no Free Fire. Desde o início da liga, o Santos figurou entre as melhores equipes do torneio, em especial nas últimas rodadas. Ao fim da fase regular, terminou em primeiro lugar. O Cruzeiro, que também ficou de fora dos playoffs do CBLOL, foi outra presença constante no top 12 da LBFF e acabou se classificando com o sétimo lugar. E o Corinthians, que começou mal o campeonato, surpreendeu ao levar dois mapas na última segunda-feira (15) e garantir a classificação para a final com o 12º lugar. Essas três equipes se juntam a Fluxo, FURIA, LOUD, GOD, Team Liquid, SS, B4, Vivo Keyd e MetaGaming na briga pelo título, no próximo sábado (20).
Enquanto isso, o Flamengo aguarda a definição do adversário da semifinal do CBLoL, que sairá do duelo entre LOUD e paiN Gaming, quarto e quinto colocados respectivamente. A disputa acontece também no próximo sábado (20), em uma série de melhor de cinco. Já no Free Fire, a equipe rubro-negra não tem mais compromissos antes da estreia na próxima edição da Série B da Liga, ainda sem previsão para começar.