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Esportes

Coluna - LBFF chega ao fim, mas temporada só termina com Mundial

Fluxo e LOUD, campeã e vice da Série A, irão ao Free Fire World Series
Guilherme Neto - Apresentador do quadro Fliperama, no programa Stadium, da TV Brasil. A coluna é publicada às quintas-feiras
Publicado em 08/04/2021 - 10:00
Rio de Janeiro
Em dia de Grupo de Acesso, 3 times conseguem permanência na Série A da LBFF e a Los Grandes brilha no final, garantindo seu retorno à elite.
© Divulgação/Free Fire

Com o fim da Série C e do Grupo de Acesso, já é possível declarar como encerrada a quarta edição da Liga Brasileira de Free Fire (LBFF). Mas a temporada só termina mesmo com o Free Fire World Series, mundial do game que será disputado em Singapura no fim de maio.

Vamos recapitular como terminou a LBFF e a expectativa para o mundial.

Grupo de Acesso

Quatro equipes garantiram vaga na elite do Free Fire no Brasil. Três delas permanecem na Série A: a INTZ, que ficou com o primeiro lugar com a conquista dois booyas; a vice-líder Team One, que levou a melhor no penúltimo mapa; e a paiN Gaming, que não venceu nenhuma disputa, mas pontuou o suficiente para garantir um lugar no pódio. A última vaga ficou com a Los Grandes, que arrancou a classificação na reta final do torneio, com vitórias na sétima e na nona (e última) queda. 

A LG é a única equipe da Série B a subir para a Série A, depois de sofrer um rebaixamento ao fim da terceira edição da LBFF. Eles vão ocupar o lugar deixado pela Black Dragons, uma das equipes mais tradicionais do esporte eletrônico, hoje mais conhecida pela sua formação no game Rainbow Six. A equipe terminou o grupo de acesso no sexto lugar e vai ter que disputar a Série B.

A disputa do Grupo de Acesso também ficou marcada pelas dificuldades técnicas enfrentadas pela AmazonCripz. A equipe, quarta colocada da Série B, foi afetada por uma queda de energia elétrica durante a terceira queda, após um apagão deixar parte da cidade de Manaus sem luz. A equipe precisou apelar para redes móveis 4G e chegou a sair de carro em busca de uma conexão, tudo isso enquanto disputava o torneio. Apenas nas duas últimas quedas, a AmazonCripz teve acesso a uma rede wi-fi, graças à colaboração de amigos. No fim, a equipe amazonense terminou em último lugar, resultado que manteve o time na Série B. 

Segundo o regulamento do campeonato, em caso de partidas remotas, as equipes são inteiramente responsáveis pelos equipamentos e conexão. Não são permitidas compensações ou mesmo a interrupção das partidas por falhas técnicas individuais.

Série C

A terceira divisão começou com o impressionante número de 1.356 equipes inscritas. Após quatro etapas, esse número caiu para 48 times, que disputaram os playoffs no último fim de semana. Na grande final, doze equipes se classificaram. Nova Era Gaming, Ribbon Red, EVNE, Natus7 Gamiing, Seven Elite e Xnew 333 avançaram com as seis primeiras colocações, nesta ordem, no grupo A. Já do Grupo B, avançaram Based, Vibe Team GG, Oz Trustas/OT, Darkness7 e Rio AMB e Pro Brazil Elite.

As outras 1.544 equipes vão precisar se inscrever novamente para tentar uma chance na Série C da quinta temporada da LBFF.

Free Fire World Series

O mundial do game definiu seus últimos participantes no fim de semana. O braço tailandês da EVOS Esports avançou direto para a fase de grupos com o título da liga da Tailândia, conquistado no último sábado. A Attack All Around, segunda colocada, vai ter que passar antes pela fase de entrada.

Outras duas vagas saíram da liga vietnamita: a campeã Burst The Sky vai estrear na fase de grupos. Já a vice HQ Esports se classificou para a fase de entrada. 

Os representantes brasileiros foram definidos ainda em março, com o Fluxo, campeão da Série A, estreando direto na fase de grupos; e a vice-campeã LOUD na fase de entrada. 

Depois de um ano de campeonatos cancelados ou disputados de forma remota, a Garena decidiu apostar no formato presencial do torneio, a ser disputado em Singapura, entre os dias 22 e 29 de maio. Serão 22 equipes de 14 regiões disputando US$ 2 milhões de dólares em prêmios (mais de R$ 11 milhões na cotação atual), o maior valor já pago na cena esportiva do game. Entre as classificadas, a única com título mundial é a EVOS Esports da Indonésia, que venceu a Copa do Mundo de 2019.

A brasileira Fluxo, criada apenas em janeiro deste ano, vem de um ascensão meteórica. Algo até esperado pela presença do paulistano Bruno "Nobru" Goes, jogador e também fundador da equipe. Ele foi campeão mundial pelo Corinthians em 2019, quando também foi eleito MVP. Ainda hoje, Nobru é visto como um dos melhores jogadores do mundo.

A LOUD, vice-campeã da Série A, já disputou o World Series uma outra vez, em 2019, quando terminou em nono lugar. Na fase de entrada, eles vão encarar a Invincible (da Comunidade dos Estados Independentes), DEA (Oriente Médio), Team TG (Paquisão), vaiXourar (Portugal), Agent Exp (Bangladesh), TEAM CHAOS (Índia), First Raiders Bravo (Indonésia), God´s Plan (Equador), Attack All Around (Tailândia), NEWGANK (Singapura) e HQ Esports (Vietnã).

As duas melhores equipes da fase de entrada se juntam às dez equipes classificadas para a fase de grupo, que reúnem, além do Fluxo: LGDS (Taiwan), VIP Esports (Oriente Médio), Silence (Rússia), Geek Gam (Malásia), Galaxy Racer (Índia), EVOS Esports Indonésia, Team Aze (México), EVOS Esports Tailândia e Burst the Sky (Vietnã).