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Esportes

Com hino proibido na Olimpíada, Rússia decide tocar Tchaikovsky

Vencedores subirão ao pódio com concerto para piano e orquestra nº 1
Gabrielle Tétrault-Farber
Publicado em 22/04/2021 - 16:41
Moscou
Sede do Comitê Olímpico da Rússia em Moscou
© Reuters/Evgenia Novozhenina/Direitos Reservados
Reuters

Os vencedores russos das medalhas olímpicas em Tóquio (Japão) este ano e nos Jogos de Pequim (China) de 2022 serão celebrados pela música de Pyotr Tchaikovsky, disse o comitê olímpico do país nesta quinta-feira (22), após seu hino nacional ser banido por causa de violações por doping.

Atletas russos estão proibidos de competir em grandes eventos internacionais, incluindo as Olimpíadas, sob a bandeira do país e com seu hino até 2022, após uma decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS) no final do ano passado.

A proibição foi imposta para punir Moscou por fornecer às autoridades globais antidoping dados de laboratório adulterados que poderiam ter ajudado a identificar fraudes com drogas.

Stanislav Pozdnyakov, presidente do Comitê Olímpico Russo, disse em comunicado que a música usada nas cerimônias de premiação para os russos que vão competir como representantes do comitê será um fragmento do Concerto para piano e orquestra nº 1 de Tchaikovsky.

"A partir de hoje, nossa equipe olímpica tem todos os elementos de sua identidade", disse Pozdnyakov, cinco vezes medalhista olímpico de esgrima. "Temos a bandeira do Comitê Olímpico Russo com as cores do nosso tricolor, nosso equipamento oficial - facilmente reconhecível por nossos compatriotas e fãs de outros países - sem nenhuma inscrição. E agora temos um acompanhamento musical."

Em suas diretrizes sobre a implementação da decisão da CAS, o Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou que o Piano Concerto nº 1 de Tchaikovsky será tocado em todas as cerimônias.

Muitos atletas russos foram excluídos das duas últimas Olimpíadas e a bandeira do país foi banida dos Jogos de Inverno de Pyeongchang de 2018 como punição por doping patrocinado pelo Estado nos Jogos de Sochi de 2014.

A Rússia, que no passado reconheceu algumas falhas na implementação de políticas antidoping, nega ter um programa de doping patrocinado pelo Estado.