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Esportes

Procurador espanhol pede dois anos de prisão para Neymar

Atacante é acusado de fraude na transferência do Santos para o Barça
Inti Landauro e Christina Thykjaer*
Publicado em 29/07/2022 - 12:30
Madri
Neymar durante partida do Paris St Germain contra o Strasbourg pelo Campeonato Francês
© Reuters/Sarah Meyssonnier/Direitos Reservados
Reuters

Um procurador espanhol pediu uma pena de dois anos de prisão para o atacante brasileiro Neymar em um caso de apropriação indevida de recursos aberto contra o jogador e seus agentes por sua transferência em 2013 do Santos para o Barcelona, mostrou um documento judicial divulgado nesta sexta-feira (29).

O promotor também pediu cinco anos de prisão para o então presidente do Barcelona, Sandro Rosell, acusado de corrupção e fraude, e uma multa de 8,4 milhões de euros ( o equivalente a R$ 44,5 milhões) para o clube espanhol.

O julgamento do caso, no qual o Santos e a empresa da família do jogador, a N&N, também são acusados, deve começar em 17 de outubro em Barcelona, disse a DIS, um grupo de investimentos brasileiro que iniciou a ação, em comunicado na quarta-feira (27).

A DIS, que detinha parte dos direitos de transferência de Neymar quando o jogador foi para o Barcelona em 2013, afirma que recebeu menos dinheiro do que tinha direito após a transferência.

O documento judicial divulgado nesta sexta-feira (29) alega que o Barcelona iniciou negociações em 2011 com o jogador, pagando-lhe 40 milhões de euros (R$ 212 milhões) para garantir sua transferência quando seu contrato com o Santos expirasse em 2014 e, assim, impedir que outros clubes o contratassem.

A corte disse que os promotores estavam pedindo uma sentença de dois anos de prisão "pelo crime de corrupção em negócios", bem como uma proibição de três anos na realização de negócios e uma multa de 10 milhões de euros (R$ 53 milhões).

Neymar nega as acusações, mas perdeu um recurso na Suprema Corte espanhola em 2017, abrindo caminho para um julgamento.

Rosell também negou anteriormente qualquer irregularidade. Seus representantes não responderam a pedidos de comentários.

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