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Esportes

Técnico da França afirma que Polônia não é apenas Lewandowski

Didier Deschamps diz que adversários das oitavas têm grande potencial
Julien Pretot
Publicado em 03/12/2022 - 14:48
Doha (Catar)
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© REUTERS/Hamad I Mohammed/Direitos Reservados
Reuters

A maior parte do discurso da França antes do confronto das oitavas de final da Copa do Mundo do Catar contra a Polônia tem sido sobre como os Bleus vão lidar com Robert Lewandowski, mas os atuais campeões mundiais estão bem cientes de que a seleção polonesa é muito mais do que seu atacante renomado.

Lewandowski é de fato uma arma mortífera na frente, mas a Polônia é uma equipe muito compacta com outro grande trunfo na outra ponta do campo no goleiro Wojciech Szczesny, que já defendeu dois pênaltis neste Mundial.

Ao longo de sua carreira, Szczesny defendeu 26 dos 87 pênaltis cobrados contra ele e é seguro dizer que a França estará desesperada para evitar uma decisão por penalidades no estádio Al Thumama no domingo (4).

“Eles tiveram que defender muito na fase de grupos e defenderam muito bem. Na verdade eles adoram, mas não são apenas uma equipe defensiva. Basta olhar para quem eles têm na frente”, disse o técnico Didier Deschamps em uma coletiva de imprensa neste sábado (3).

“Mas há mais. Eles têm uma espinha dorsal de jogadores com grande experiência internacional, com Kamil Glik, Piotr Zieliński, Grzegorz Krychowiak e alguns jovens que mostraram que estão à altura da tarefa. Eles merecem estar aqui”, declarou.

A Polônia teve apenas cinco tiros no alvo em três jogos, mas três deles vieram de Lewandowski, que só precisa de meia chance para marcar.

O cenário ideal da França será conter o atacante do Barcelona (Espanha) e evitar terminar o jogo na disputa pênaltis, que certamente não são é o forte do goleiro Hugo Lloris.

Lloris, que igualará o recorde francês de Lilian Thuram de 142 partidas pela França no domingo, só defendeu 16 dos 108 pênaltis cobrados contra ele em sua carreira, uma falha que teve um custo elevado para a França na Eurocopa do ano passado, quando foi eliminada nas oitavas de final pela Suíça em uma decisão por pênaltis.

“Estivemos olhando os pênaltis com os analistas, mas há um fator psicológico que entra em jogo, e também como os pênaltis são cobrados”, disse o capitão da França.

Lloris acrescentou, no entanto, que a França tem o que é preciso para derrubar a Polônia no tempo regulamentar, se eles se mantiverem concentrados durante todo o tempo.

“Alguns goleiros são melhores em [penalidades], mas, se estivermos totalmente concentrados do início ao fim, temos as armas para vencê-la antes de chegarmos lá”, afirmou.

“Precisamos ter esse instinto assassino”, concluiu.

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