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Obras incomodam passageiros no aeroporto de Brasília

Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 05/03/2014 - 15:57
Brasília
Brasilia - Movimento de saída para o feriado de carnaval  tranquilo no Aeroporto JK e rodovias do Distrito Federal(Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
© Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Muitos brasilienses aproveitaram o feriado do carnaval para visitar outras cidades e boa parte deles está retornando hoje (5) à capital federal. Uns cansados, devido aos festejos; outros recuperados, após o descanso na companhia de parentes, amigos ou namorados. Nas duas situações, o retorno a Brasília é complicado por causa das obras no Aeroporto Internacional de Brasília - Presidente Juscelino Kubistchek.

Todo ano, o publicitário Guilherme Henninger, 28 anos, escolhe um destino diferente para brincar o carnaval. Este ano, a cidade escolhida foi o Rio de Janeiro. Mais especificamente, os blocos de rua da cidade. “Tentei a Sapucaí, mas não deu. Estava muito difícil conseguir os ingressos”, disse. “Mas o difícil mesmo foi conseguir táxi quando cheguei no [aeroporto do] Galeão, estava cheio e simplesmente não havia táxis. Por isso formou-se uma fila com mais de 300 pessoas. Perdi muito tempo esperando o táxi”, acrescentou.

Brasília - Movimento é tranquilo no Aeroporto JK  por causa do feriado do carnaval (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Movimento no Aeroporto Internacional de Brasília durante o carnavalFábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Na volta, problemas também no aeroporto de Brasília. “Estava também muito cheio e confuso, por causa da reforma que está sendo feita. Houve muita demora para pegar a mala, que veio em uma esteira compartilhada com outros voos. Essa reforma que estão fazendo aqui traz muita complicação. Ela poderia ser feita de forma mais lenta e em maior número de etapas. Assim, não atrapalharia a movimentação”, concluiu o publicitário.

Chegando do litoral norte de São Paulo, o arquiteto Marcus Borges, 44, disse que o feriado “começou bem tenso”, devido ao atraso do voo, na sexta-feira (28). “Foram horas esperando a liberação para sair, sem nenhum tipo de informação por parte da empresa. E eu tinha compromissos em São Paulo, com a empresa que alugou o carro e com a pessoa que ia me entregar as chaves da casa”, disse Borges. Ele e a namorada Natália d'Angelo, 25, estavam receosos de ter que dormir em um hotel. “Além do mais, nosso grupo teve de comer no aeroporto. E todos sabem que o preço de comida em aeroportos é sempre mais caro”, complementou a namorada, que também é arquiteta.

Para o administrador de empresas Maurício Aronna, 30, que chegou de Porto Alegre (RS) onde visitou a família, há muitos problemas no aeroporto de Brasília. “Há muito o que ser melhorado aqui. O estacionamento é ruim, o atendimento é péssimo e eu, que viajo muito a trabalho, posso dizer: está cada vez pior”. Aronna retornava de viagem com a esposa Cristiane Teixeira, 36, e com a filha Laura, 4. “O deslocamento para o avião é quase sempre por ônibus. Para quem está viajando com filhos, é muito difícil. Os banheiros também estão bem ruins para crianças. A necessidade de cumprir metas resulta em dificuldades por causa das obras. Os setores do aeroporto ficaram isolados e há falta de placas informativas”, disse Cristiane.

Contatada pela Agência Brasil, a empresa Inframerica, responsável pela administração do aeroporto de Brasília, informou que os contratempos citados pelos usuários do aeroporto se devem a obras que estão sendo feitas com o objetivo de melhorar os serviços. O aeroporto passa por obras de reforma e ampliação. De acordo com a Inframerica, 80% das obras com entrega prevista para maio de 2014 estão concluídas. Em abril será inaugurada a primeira obra de expansão - o Píer Sul.