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Delegacia envia ofício a batalhão para ouvir novamente policiais no Rio

Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 18/03/2014 - 11:48
 - Atualizado em 18/03/2014 - 12:00
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - Protesto contra morte de Cláudia Ferreira da Silva. Baleada em operação da PM no Morro da Congonha, Madureira, teve o corpo arrastado durante socorro em viatura policial (Fernando Frazão/Agência Brasil)
© Fernando Frazão/Agência Brasil
Rio de Janeiro - Policiais acompanham protesto contra morte de Cláudia Ferreira da Silva, moradora do Morro do Congonha (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Policiais acompanham protesto pela morte de Claudia Ferreira da Silva, moradora do Morro do Congonha, em MadureiraFernando Frazão/Agência Brasil

A Polícia Civil quer colher mais depoimentos dos três policiais militares presos por transportar uma mulher baleada no porta-malas do carro. A Delegacia de Madureira (29ª DP), na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, enviou ofício à Polícia Militar (PM) informando a necessidade da nova oitiva. O documento foi encaminhado ao Batalhão de Rocha Miranda (9º BPM), responsável pelo bairro de Madureira e onde os três policiais são lotados.

Claudia da Silva Ferreira, de 38 anos, foi atingida durante uma operação da PM na comunidade onde morava, em Madureira, no domingo (16) e socorrida pelos policiais. Ela foi colocada no porta-malas. No trajeto para o hospital, o porta-malas se abriu e ela foi arrastada pela rua. Claudia já chegou morta ao Hospital Carlos Chagas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro.

Os três PMs já foram ouvidos pela Delegacia no mesmo dia da morte de Claudia, quando foram fazer o registro das mortes e apreensões feitas durante a operação policial na comunidade de Madureira. Na ocasião, no entanto, a polícia ainda não sabia que a mulher havia sido arrastada pelo carro, durante o socorro.

Eles foram presos pela própria PM, por crime militar, e encaminhados ao Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste da cidade. A PM definirá quando os policiais serão ouvidos e onde prestarão depoimento, se no próprio presídio ou na delegacia. Testemunhas do caso também deverão prestar depoimento a partir de amanhã (19) na 29ª DP.