Anvisa e Fiocruz debatem sistema de rastreamento de remédios
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Bio-Manguinhos (Fiocruz) promoveram hoje (28), no Rio de janeiro, debate sobre a implantação da Resolução 54, que trata do sistema de rastreamento de medicamentos produzidos no país. O sistema prevê o uso de número de identificação nas embalagens e de código de barras.
O sistema, que deverá ser implantado em três anos, permitirá acompanhar a trajetória do medicamento, da produção à venda. No debate, o diretor da Bio-Manguinhos, Arthur Roberto Couto, admitiu que a implementação implicará em custos adicionais para os laboratórios públicos e privados, mas dará maior segurança ao usuário quanto à qualidade dos remédios vendidos no país.
"É claro que essas alterações implicarão em custos adicionais aos laboratórios públicos e privados, mas creio que os investimentos em um primeiro momento terão que ser absorvidos pelos fabricantes. Mas esse [o rastreamento] é hoje uma tendência mundial”, disse. “O consumidor terá a garantia de que o produto que chega na ponta da cadeia, no atacado, realmente passou por um rigoroso controle de qualidade e poderá ser rastreado da fábrica às prateleiras das farmácias. E isto garantirá que o produto tem qualidade, que não foi falsificado, roubado ou comercializado de forma inadequada”, acrescentou.
A resolução da Anvisa estabelece que as embalagens dos medicamentos deverão ter um código bidimensional. Em um período de dois anos, cada empresa farmacêutica apresentará um relatório de rastreabilidade completo de pelos menos três lotes dos medicamentos produzidos. Para garantir a implementação, será criado um comitê técnico de acompanhamento.