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Policiais envolvidos em tiroteio no Pavão-Pavãozinho não serão afastados

Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 24/04/2014 - 10:59
Rio de Janeiro
Moradores e policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), entram em confronto, durante protesto no morro Pavão-Pavãozinho, pela morte do dançarino Douglas Rafael da Silva (Fernando Frazão/Agência Brasil)
© Fernando Frazão/Agência Brasil
Moradores e policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) entram em confronto durante protesto no Morro Pavão-Pavãozinho contra morte do dançarino Douglas Rafael da Silva (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Moradores e policiais entram em confronto durante protesto no Morro Pavão-PavãozinhoFernando Frazão/Agência Brasil

Os policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Pavão-Pavãozinho envolvidos no tiroteio ocorrido segunda-feira (21) à noite não serão afastados por enquanto, informou a assessoria de imprensa da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP).

Na noite do dia 21, policiais da UPP foram checar a denúncia de que o chefe da quadrilha que controla a venda de drogas no Pavão-Pavãozinho estava na comunidade. Na versão da Polícia Militar, ao tentar chegar ao local, os policiais foram alvo de muitos tiros. Eles revidaram o tiroteio, mas tiveram que recuar.

Na manhã do dia seguinte, o corpo do dançarino Douglas Rafael da Silva foi encontrado no pátio de uma creche, com ferimentos e uma marca de tiro. A mãe de Douglas, Maria de Fátima, acusa os policiais da UPP de terem torturado e matado seu filho.

A CPP diz que os policiais não sabiam que Douglas estava morto e só descobriram o corpo na manhã do dia seguinte, juntamente com peritos da Polícia Civil. Um procedimento apuratório foi aberto pela CPP e deve ouvir dez policiais que se envolveram no tiroteio.

As armas dos dez policiais militares foram recolhidas e estão guardadas pela PM, para o caso de a Polícia Civil precisar fazer alguma perícia, já que a Delegacia de Ipanema da Polícia Civil (13ª DP) também investiga a morte de Douglas. A polícia investiga ainda a morte de Edilson da Silva Santos, de 27 anos, morto com um tiro no rosto durante protesto de moradores que se seguiu à morte de Douglas.