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Colocar enfeites nas ruas e usar fogos podem causar acidente com rede elétrica

Da Agência Brasil*
Publicado em 03/06/2014 - 13:09
 - Atualizado em 03/06/2014 - 14:44
Rio de Janeiro
Moradores decoram a Rua Pereira Nunes, em Vila Isabel, para  a Copa do Mundo 2014 (Fernando Frazão/Agência Brasil)
© 05 18:37:53

Faltando nove dias para a Copa do Mundo, a Ampla, concessionária de energia elétrica que atende a 66 dos 92 municípios fluminenses, fez hoje (3) um simulado de situações de risco para a rede elétrica em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. A ação objetiva orientar as pessoas sobre o uso de energia e alertar para os perigos do contato indevido com fios de alta tensão.

Moradores decoram a Rua Pereira Nunes, em Vila Isabel, para a Copa do Mundo 2014 (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Moradores decoram a Rua Pereira Nunes, em Vila Isabel, para a Copa do Mundo 2014Fernando Frazão/Agência Brasil

Entre as situações de risco demonstradas estão a colocação de enfeites nas ruas, como bandeirinhas e pinturas de poste; a soltura de pipas, balões e rojões, que podem atingir a rede elétrica, causar o rompimento de fios de alta tensão e alcançar alguém, além de deixar o local sem energia; e a queda de pessoas do telhado de casa ao tentar consertar a antena de TV.

A Light, outra concessionária de energia do Rio, também divulgou orientação à população sobre alguns cuidados que devem ser tomados na decoração para a Copa do Mundo. Sobre as bandeirinhas, a companhia alertou que elas devem ser confeccionadas, preferencialmente, em plástico, e presas sempre com barbante comum ou fitilho plástico.

As fitas metalizadas, papel-alumínio ou papel laminado devem ser evitados, porque são condutores de eletricidade. O alerta se estende a arames ou fios de cobre por possibilitarem choques elétricos. As bandeirinhas precisam sempre ser amarradas de poste a poste, um metro abaixo da rede elétrica.

A Light destacou também que a rede que fica mais abaixo no poste, de baixa tensão, e os ramais de ligação, que ligam a rede à entrada do medidor do consumidor, também são perigosos e não devem ser manuseados por pessoas não especializadas. Os moradores devem evitar também colocar as bandeiras nas partes altas entre prédios, porque podem encostar na rede de média tensão com a chuva ou umidade.

De acordo com o porta-voz da Ampla, Fabio Fonseca, a simulação ocorre preventivamente para evitar acidentes envolvendo a rede elétrica. “Durante as festas juninas é muito comum a utilização de rojões, fogos de artifício. Também é um período de férias escolares, quando as crianças soltam pipas. Todos esses objetos geram um risco de acidente elétrico. Estamos simulando algumas situações com atores para ilustrar como proceder nesses eventos, para não ocorrer nenhum tipo de acidente”, explicou.

Fonseca ainda informou que a concessionária se preparou previamente para o período da Copa do Mundo, descartando qualquer possibilidade de falhas no fornecimento de energia elétrica. De acordo com o porta-voz, a Ampla vai trabalhar com reforço de 30% em seu efetivo.

“O principal fator que, nesse período, causa interrupção [de energia] é provocado por pipas. Em algumas regiões, isso chega a representar até 30% das interrupções do fornecimento. Então, além dos riscos com acidentes com a rede elétrica, a gente também quer evitar interrupções que vão afetar outros clientes e impedi-los de poder assistir aos jogos”, completou.

Um dos médicos do Corpo de Bombeiros Militar, capitão Jury Freire, presente à simulação, disse que as pessoas que estiverem próximas ao local de um acidente não devem mexer no corpo da vítima. “Geralmente, os acidentes elétricos são queimaduras ou quedas com possíveis fraturas. A gente tenta primeiro olhar a segurança do local. A gente chega, isola a área e atende à vítima de acordo com a necessidade dela”.

Quem quiser fazer uma decoração especial pode fazer a solicitação de acompanhamento de uma equipe da Light nas áreas de atendimento da concessionária. Para mais informações, acesse a página de orientações da empresa na internet.

Colaborou Cristina Indio do Brasil, repórter da Agência Brasil