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Novos radares vão reforçar monitoramento de chuva no Rio

Da Agência Brasil
Publicado em 12/08/2014 - 10:49
Rio de Janeiro

O estado do Rio de Janeiro vai receber, até setembro, dois novos radares meteorológicos para ampliar a cobertura do Sistema de Alerta de Cheias. Os radares serão instalados em Guaratiba, bairro da zona oeste da capital, e em Macaé, no norte fluminense. Os equipamentos, adquiridos por R$ 13,422 milhões, serão operados pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e vão antecipar em pelo menos seis horas as previsões de tempestades, de acordo com o instituto.

Segundo o Inea, a escolha dos locais para a instalação dos radares levou em consideração critérios técnicos. Os equipamentos serão colocados em lados opostos do estado. O radar de Guaratiba funcionará na Fazenda Modelo, e a previsão é de que seja instalado ainda este mês. Em Macaé, o aparelho vai operar no campus da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) até o fim de setembro.

O sistema composto pelos dois equipamentos tem capacidade para detecção de chuva com precisão volumétrica até 240 quilômetros para medições quantitativas e até 450 quilômetros para medições qualitativas. Os dois aparelhos vão se comunicar com mais nove, pertencentes ao governo federal, e formarão uma rede de prevenção meteorológica.

Professora do Laboratório de Meteorologia da Uenf, Maria Gertrudes Justi diz que os radares trazem importante avanço no sistema de alerta de chuvas e vão beneficiar principalmente a população.

“Os radares são uma poderosa ferramenta de análise da estrutura da tempestade e, assim, é possível prever com mais precisão e de maneira mais rápida a possível ocorrência de tempestades e outros desastres naturais. Com essas informações, órgãos como a Defesa Civil poderão trazer mais segurança à população, alertando as pessoas sobre esses eventos com mais antecedência”, explica.

O Rio de Janeiro será a primeira unidade da Federação a ter todas as bacias hidrográficas que cruzam seu território cobertas pelo monitoramento. Os radares também permitirão a formação de um centro técnico especializado em prevenção de chuva, a exemplo dos estados de Minas Gerais, São Paulo e do Ceará.