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Engenheiros pedem negociação salarial com a prefeitura do Rio

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 03/09/2014 - 19:44
Rio de Janeiro

Engenheiros, arquitetos e geólogos do município do Rio de Janeiro entregaram hoje (3) na prefeitura uma carta pedindo que seja apresentada uma proposta para a negociação salarial da categoria. Cerca de 200 profissionais reuniram-se na frente da prefeitura durante a tarde e uma comissão subiu para negociar. Após cerca de uma hora e meia, foi marcada uma reunião para amanhã, às 15h30, com o vice-prefeito, Adilson Pires.

De acordo com o presidente da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (Searj), Joelson Zuchen, os trabalhadores estão mobilizados desde junho, quando fizeram uma paralisação de três dias e houve a promessa da prefeitura de nomear uma comissão para negociar com a categoria.

“Estivemos com o prefeito e ele constituiu uma comissão para construir com a Searj uma proposta de negociação. Passados três meses, nós fomos chamado pela comissão, que falou que não tinha nenhuma proposta, contrariando o que o prefeito tinha combinado com a gente. Então entregamos uma carta ao prefeito externando a nossa profunda inquietação e insatisfação com a postura da prefeitura nessa negociação, nessa falta de interlocutor”.

De acordo com Zuchen, o piso salarial de um engenheiro na prefeitura está em torno de R$ 4.700, enquanto o mercado paga cerca de R$ 10 mil para um profissional iniciante. “A nossa grande preocupação é com as obras olímpicas. O funcionário mal remunerado perde o estímulo e nós estamos perdendo muitos quadros para a iniciativa privada, está faltando engenheiro na prefeitura, porque o pessoal entra e não fica”.

Segundo Zuchen, são cerca de 1.100 engenheiros arquitetos e geólogos na prefeitura, espalhados em diversas secretarias, como a de Urbanismo, Obras, Conservação e Meio Ambiente, que trabalham em todas as obras da cidade, fazendo do projeto até a fiscalização. Entre as grandes obras em andamento estão as do Bus Rapid Transit (BRT) e do Parque Olímpico da Barra da Tijuca e de Deodoro.

“Toda as obras têm que ter um engenheiro para fiscalizar, um engenheiro para liberar a fatura, um engenheiro para projetar. A gente está em todos os setores da prefeitura, na conservação de todas as ruas; os buracos da cidade, quem conserta somos nós, águas pluviais, o meio ambiente, poda de árvore. Todos os projetos têm um engenheiro”.

A prefeitura foi procurada, mas não respondeu até o fechamento da matéria.