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HPV: meninas de 11 a 13 anos devem receber segunda dose da vacina

Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 01/09/2014 - 05:46
Brasília
Vacina HPV
© Elza Fiúza/Agencia Brasil
Ceilândia (DF) - Alunas do Centro de Ensino Fundamental 25, em Ceilândia, são vacinadas contra o HPV (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Segunda dose da vacina é essencial para garantir a proteção contra o HPVMarcelo Camargo/Agência Brasil

Meninas de 11 a 13 anos que já receberam a primeira dose da vacina contra o papiloma vírus humano (HPV) devem receber, a partir de hoje (1º), a segunda dose. A imunização será feita em escolas públicas e particulares e também em unidades de saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 4,3 milhões de meninas nessa faixa etária já receberam a primeira dose em março deste ano. A segunda é essencial para garantir a proteção contra o HPV.

A vacina protege contra quatro subtipos do HPV (6, 11, 16 e 18). Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero, enquanto os subtipos 6 e 11 respondem por 90% das verrugas anogenitais.

Meninas que ainda não tomaram a primeira dose também podem procurar os postos de saúde. Para receber a segunda, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação. A terceira dose será aplicada cinco anos após a primeira.

Em 2015, a vacina será oferecida para meninas de 9 a 11 anos e, em 2016, para meninas de 9 anos. O ministério reforçou a importância do uso do preservativo como proteção contra as demais doenças sexualmente transmissíveis e da realização do exame conhecido como papanicolau em mulheres a partir dos 25 anos.

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Ele também pode ser transmitido da mãe para o filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres em todo o mundo estão infectadas, sendo 32% delas pelos subtipos 16 e 18.

Em relação ao câncer de colo de útero, estudos apontam que 270 mil mulheres no mundo vivem com a doença. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos este ano.