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Defensoria Pública inaugura mais uma coordenação para mediação de conflitos

Da Agência Brasil
Publicado em 24/10/2014 - 14:21
Rio de Janeiro

A Defensoria Pública do estado do Rio de Janeiro inaugurou hoje (24), no Leblon, zona sul da capital fluminense, a Coordenação de Mediação. Os objetivos são a solução de conflitos por meio do diálogo, a busca de esforços para acelerar a resolução desses conflitos e a redução de demandas judiciais desnecessárias.

O projeto já foi instalado em bairros da zona norte e Baixada Fluminense e atende a cerca de 70% do estado do Rio. A ideia da coordenação é garantir mais espaço para moradores da zona sul, incluindo as comunidades próximas à Rocinha, com cerca de 105 mil pessoas. De acordo com o defensor público-geral, Nilson Bruno, oportunamente a unidade será expandida para todo estado.

"Por falta de espaço, a gente não tinha como fazer isso na capitalaço. Também tínhamos dificuldade com o tempo, porque a mediação, conforme o caso, pode demorar 40 minutos, um ou duas horas. Criamos a coordenação como projeto piloto e queremos ampliá-la e aperfeiçoá-la. O aperfeiçoamento começa com a coordenação, que monitorará os núcleos de primeiro atendimento e os terceirizados, onde deverão ocorrer o fenômeno da mediação", adiantou.

A Coordenação de Mediação atende, entre outros problemas, discussão entre vizinhos, pedidos de divórcio, alimentos, colisão de veículos e problemas com trasportes. Conforme o defensor, normalmente as pessoas procuram o Judiciário para solucionar qualquer tipo de problema. Em parceria com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), defensores e servidores foram capacitados para mediar conflitos. Segundo Nilson Bruno, atualmente tramitam no Brasil aproximadamente 100 milhões de processos.

Como mediadora, a defensoria já resolveu casos como o rompimento de adutora da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), em Campo Grande, na zona oeste, em julho de 2013, causando a morte de uma criança. Também atuou no massacre, em abril de 2011, da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste, onde morreram 12 crianças e adolescentes, e no acidente com o bonde de Santa Teresa, em agosto de 2011, que matou seis pessoas e deixou 60 feridos.