Prevenção de desastres climáticos é tema de discussão no Rio de Janeiro
A Rede de Controle da Gestão Pública realiza hoje (13), durante todo o dia, um seminário para discutir ações de prevenção e assistência em casos desastres climáticos no estado do Rio de Janeiro, principalmente na região serrana, uma das mais afetadas nos últimos anos pelas catástrofes. O encontro reúne gestores das três esferas de poder (município, estado e União), além de representantes de institutos ligados ao meio ambiente.
O ministro do Tribunal de Contas da União, Raimundo Carreiro, lista como maiores desafios o mapeamento de regiões suscetíveis aos impactos ambientais, a elaboração de planos para redução de riscos e situações de contingência e o impedimento de construções em áreas vulneráveis a desastres.
“Depois que chega escola, comércio e trasporte, por exemplo, fica mais difícil tirar as pessoas de regiões impróprias para o assentamento. É necessário fiscalizar essas áreas para coibir as edificações irregulares. Pretendemos, junto a isso, certamente, dar ênfase a novas diretrizes urbanísticas e programas habitacionais para realocar essas pessoas. Para isso, precisamos de diálogo e parceria com diversos órgãos”, acrescentou.
O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Adriano Pereira Júnior, ressalta a necessidade de uma legislação para obras de emergência. “Nós facilitamos a liberação do crédito, mas depois fazemos todas as exigências como se fosse uma obra padrão. É diferente a ponte que foi construída para melhorar a mobilidade na área daquela que foi derrubada e a população precisa hoje”, afirmou.
O estado do Rio de Janeiro registra o pior desastre natural da história do Brasil em número de vítimas, ocorrido em janeiro de 2011, na região serrana. A catástrofe ocorreu devido a um forte temporal de aproximadamente quatro horas que, com a ajuda de uma combinação de fatores meteorológicos, causou a morte de 918 pessoas, a maioria entre os municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis.