Protesto provoca atraso em 14 voos no aeroporto de Brasília, diz concessionária
A manifestação feita hoje (22) por aeroviários em vias de acesso ao Aeroporto Internacional de Brasília e nos balcões de check-in do terminal provocaram atrasos superiores a 30 minutos em 14 dos 161 voos previstos para sair entre as 6h e as 13h, informou, há pouco, a Inframérica, consórcio que administra o aeroporto.
De acordo com a concessionária, nenhum voo precisou ser cancelado devido ao protesto dos trabalhadores por melhorias salariais. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), no entanto, informa que, dos 107 voos programados entre a meia-noite de ontem e as 14h desta segunda-feira, 26 (24,3%) atrasaram mais de 30 minutos. No intervalo entre as 13h e as 14h, cinco (4,7%) estavam com atraso acima de meia hora.
Ainda segundo a Infraero, quatro voos foram cancelados hoje. No entanto, nota do consórcio Inframérica esclarece que os cancelamentos não foram por causa da manifestação.
Em nota, a Inframérica informou que nenhum voo foi cancelado em virtude da manifestação. As decolagens canceladas ocorreram por questões operacionais das companhias aéreas, diz a nota.
Por volta das 8h, cerca de 300 manifestantes, entre aeroviários e trabalhadores rurais sem terra bloquearam o balão de acesso ao Aeroporto de Brasília. A ação provocou um caos no trânsito em um dos horários de maior movimento do terminal. Desesperados, alguns passageiros tiveram de desembarcar de táxis a mais de 2 quilômetros do aeroporto e, carregando as malas nas costas, foram caminhando para o terminal para não perder o voo.
Para ajudar as pessoas que tiveram dificuldade em chegar ao aeroporto, a Inframérica disponibilizou ônibus para buscar os passageiros nas proximidades do terminal. A concessionária também reforçou as equipes que atendem os usuários no saguão para acelerar o trabalho de check-in das empresas aéreas.
Além de reajuste do piso salarial de diversos segmentos dos trabalhadores aeroviários em 11%, os sindicalistas reivindicam a criação do piso para agente de check-in, seguro de vida no valor de R$ 20 mil, fornecimento de cosméticos, quando o uso deles é exigido pela empresa, e cesta básica de R$ 326,67.