logo Agência Brasil
Geral

Ministério do Trabalho inicia mutirão para atender demitidos do Comperj

Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 25/03/2015 - 14:27
Rio de Janeiro

A Superintendência Regional do Ministério do Trabalho no Rio de Janeiro iniciou hoje (25) mutirão de atendimento para concessão do seguro-desemprego aos 2.273 trabalhadores demitidos da Alumini Engenharia, empresa terceirizada que prestava serviços à Petrobras nas obras de construção do Polo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

O mutirão teve início na agência da Superintendência do Ministério do Trabalho, no centro da cidade, e se estenderá gradativamente. a partir do dia 1º, às outras cinco unidades espalhadas pela região metropolitana. A previsão é que sejam atendidas em cada agência cerca de 200 trabalhadores por dia.

Os funcionários serão recebidos com dia e hora marcados para se credenciar a receber o seguro-desemprego. Para isso, terão de apresentar carteira de trabalho, cartão do PIS e, se tiverem, os três últimos contracheques.

O superintendente regional do Ministério do Trabalho, Antônio Albuquerque, informou que todos os 2.273 trabalhadores já estão pré-agendados e podem acessar a internet para saber o dia e a hora do atendimento.

“São 10 dias úteis para que todos sejam atendidos e, mesmo os que já viajaram para seus estados, podem dar entrada na cidade no seguro-desemprego nos postos do ministério. Para isso, terão de apresentar carteira de trabalho, cartão do PIS e, se tiverem, os três últimos contracheques, o que facilitará o processo”, disse Albuquerque.

Ele esclareceu que o mutirão é uma iniciativa do ministério em parceria com a Justiça do Trabalho para facilitar a vida dos trabalhadores, muitos dos quais residem fora do estado do Rio. “Nós nos empenhamos em fazer essa ação especial, em comum acordo com a Justiça do Trabalho, para amenizar um pouco a vida destes trabalhadores, que já é sofrida. Todos os trabalhadores estão pré-agendados e os benefícios variam de um salário mínimo até R$ 1.400, dependendo da média salarial do período em que estiveram empregados.”

Para o meio-oficial da Aluminin, Wallace Barros, a iniciativa do Ministério do Trabalho deu uma moral para os mais de 2 mil trabalhadores demitidos. “Se não fosse o Ministério do Trabalho, hoje a gente não estava dando entrada no benefício. Se o ministério não tomasse a frente do problema, não íamos arrumar nada. Se fossemos depender da Alumini ou do sindicato, estaríamos fritos.”

A rescisão do contrato dos empregados da Alumini, que chegaram a ficar mais de três meses sem receber salário, foi obtida a partir de liminar concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho, depois de meses de manifestações de protestos em vários pontos da cidade.

Ao falar do mutirão, Albuquerque ressaltou que a ação está sendo implementada mesmo com a sobrecarga dos postos federais no estado ao longo dos últimos meses. "Mesmo com o aumento da demanda para carteira de trabalho e seguro-desemprego, que foi gerada pela greve nos postos do Sisitema Nacional de Emprego e do Rio Poupa Tempo, administrados pelo governo do estado, o Ministério do Trabalho continua empenhado para que todos recebam o benefício com rapidez."