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Polícia Civil do Rio ouve policiais envolvidos em morte na Favela da Palmeirinha

Da Agência Brasil
Publicado em 02/03/2015 - 18:23
Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro tomou hoje (2) o depoimento dos nove policiais militares (PMs)  envolvidos em operação na Favela da Palmeirinha, em Honório Gurgel, zona norte da cidade, que terminou com a morte do jovem Alan de Souza Lima, de 15 anos, na sexta-feira (20). Segundo a polícia, o sargento Ricardo Wagner Gomes foi o único que admitiu ter feito disparos contra o grupo em que estava o adolescente. O caso está sendo investigado pela 30ª Delegacia de Polícia, em Marechal Hermes.

A Polícia Civil evitou dar mais detalhes sobre o caso, alegando que não pode divulgar o conteúdo de depoimentos, mas afirmou que as investigações continuam e que uma reconstituição será marcada. Os PMs podem responder pelos crimes de homicídio e fraude processual, pelo fato de terem forjado a situação, alegando que os adolescentes estavam armados, o que foi contestado por testemunhas.

O caso ocorreu quando Alan e um grupo de amigos gravavam vídeos com o celular e logo após foram baleados. O acontecimento ganhou notoriedade com a divulgação do vídeo feito pelos jovens durante o tiroteio. O celular de Alan continuou gravando mesmo após o jovem ser atingido e revelou os feridos no chão e as vozes de dois homens, que seriam policiais. Na ocasião, também foi baleado Chauan Jambre Cezário, de 19 anos, que permanece com a bala alojada no peito.

A PM afastou os policiais envolvidos da corporação e exonerou o comandante do 9º Batalhão, tenente-coronel Luiz Garcia Baptista. Em nota, a PM diz que a decisão "foi do comando da corporação para manter a isenção da investigação que está em andamento sobre a ocorrência do dia 20 de fevereiro". O 9º Batalhão está agora sob o comando do tenente-coronel Carlos Roberto Garcia de Oliveira.