Congresso e Itamaraty ganham iluminação azul por conscientização sobre autismo
Quem passar pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, hoje (2) vai ver que os Palácio do Itamaraty e o Congresso Nacional estão iluminados de azul. A mudança na iluminação dos prédios é uma forma de lembrar que 2 de abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
O transtorno do espectro autista (TEA) é caracterizada por déficit na comunicação e na interação social, com comportamentos repetitivos e áreas restritas de interesse. Existam diversos níveis, que podem ir desde problemas restritos à interação social e à dificuldade de fixar atenção em atividades fora do interesse até a incapacidade absoluta de se comunicar e cuidar de si próprio. As características da síndrome podem ser observadas nas crianças antes dos 3 anos de idade.
Um exemplo é o fato de o bebê com TEA ainda com poucos meses não buscar os pais ou brinquedos com o olhar. Crianças de até 6 meses não exploram objetos como as outras, que normalmente sacodem, jogam no chão ou colocam na boca. Bebês nessa faixa etária com desenvolvimento normal tendem a prestar mais atenção nas pessoas que nos objetos, enquanto os que têm TEA podem prestar mais atenção aos objetos. Elas também tendem ao silêncio e a não manifestar expressões faciais com significado, como risadas.
No entanto, é comum que os pais só percebam que há algo de diferente quando chegam às fases de andar e falar, ou até mais tarde nos casos de autismo leve – chamado de Síndrome de Asperger – quando as crianças entram na escola e apresentam dificuldade no desenvolvimento pedagógico.
O Ministério da Saúde não tem dados precisos sobre quantas pessoas com autismo existem no Brasil. A Associação de Amigos do Autista (AMA), a primeira instituição sobre o tema no país, estima em 0,6% da população tenha algum nível do transtorno. No 1º Encontro Brasileiro para Pesquisa em Autismo, em 2010, foi apresentada estimativa, com base no Censo de 2000, de que 500 mil pessoas apresentem o espectro autista no país.