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Protestos no Rio contra terceirizações reúnem várias categorias

Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil*
Publicado em 15/04/2015 - 15:10
Rio de Janeiro

Os protestos do Dia Nacional de Luta contra o Projeto de Lei (PL) 4.330/2004, que regulamenta o sistema de terceirização no mercado de trabalho brasileiro, interditaram vias e provocaram paralisação de serviços no Rio de Janeiro.

Em frente à Refinaria Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, um grupo de petroleiros e representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), ateou fogo em galhos e pneus colocados na pista, no sentido Rio da Rodovia Washington Luiz. As chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros. A interdição, por volta das 8h, durou dez minutos e só foi suspensa após negociação com os policiais militares. Duas pistas permaneceram ocupadas por cerca de uma hora e o engarrafamento, no local, chegou a 2 quilômetros. De acordo com a polícia, ninguém ficou ferido.

Em Benfica, na zona norte, a Rua Leopoldo Bulhões foi interditada parcialmente por um grupo de trabalhadores dos Correios, que bloquearam também o acesso ao Centro de Tratamento de Encomendas. A manifestação incluiu pedidos de melhores condições de trabalho, realização de concurso público e a revisão do desconto do Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis).

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos, a paralisação atrasou a distribuição de correspondências. O centro de tratamento é responsável pela maior parte das encomendas enviadas para os centros de distribuição em todo o Rio de Janeiro.“Não deixa de afetar, porque os caminhões estão parados aqui. O ato, que vamos encerrar daqui a pouco, foi necessário porque não aguentamos mais as condições de trabalho precárias”, disse o presidente do sindicato, Ronaldo Martins.

Em nota, os Correios informaram que a paralisação não teve adesão de trabalhadores do Rio de Janeiro e limitou-se à interdição do acesso à unidade de Benfica. A empresa acrescentou que a situação voltou à normalidade após terminado o bloqueio. “As entregas estão sendo realizadas normalmente pelos Correios”, informou a empresa.

Sobre o Postalis, a nota esclareceu que, há dois planos, o BD Saldado e o PostalPrev. De acordo com a empresa, a contribuição extraordinária é apenas para empregados do plano BD Saldado. “Os empregados admitidos após 2005 estão no PostalPrev e não têm qualquer alteração em seu plano. Pela Lei de Previdência Complementar, os fundos de pensão são obrigados a promover essa medida.”

No centro do Rio, representantes das centrais sindicais se concentraram em um ato unificado em frente à Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). O ato unificado teve ainda a participação de servidores da Casa da Moeda e profissionais ligados ao Sindicato estadual de enfermeiros do Rio.

*Colaborou o repórter da Radioagência Nacional Dylan Araújo