Venda de imóveis novos cai 0,7% na capital paulista
A comercialização de imóveis novos na cidade de São Paulo caiu 0,7% em fevereiro, com a venda de 732 unidades. Na comparação com fevereiro do ano passado, quando foram vendidas 981 unidades, houve redução de 25,4%. Os dados são da Pesquisa do Mercado Imobiliário feita pelo Departamento de Economia e Estatística do Sindicato da Habitação (Secovi-SP).
Os imóveis de dois dormitórios lideraram as vendas, com 330 unidades (45% do total), seguidos pelos de um quarto, com 203 unidades (28% do total); de três dormitórios, com 152 unidades (21% do total); e com quatro ou mais quartos, com 47 imóveis (6% do total). O cenário é semelhante ao do mês de janeiro.
O indicador VSO (Vendas Sobre Ofertas) acumulado de 12 meses indica que 41,6% do total de imóveis ofertados no período foram comercializados. As unidades de dois dormitórios apresentaram o melhor desempenho (47%). Em termos monetários, a Pesquisa apurou VGV (Valor Global de Vendas) de R$ 408 milhões, 6% superior ao volume de janeiro e 21% menor que o de fevereiro do ano passado, considerando os valores atualizados pelo Índice Nacional de Custos da Construção (INCC).
Na região metropolitana de São Paulo, exceto a capital, nas 38 cidades que formam esse conjunto de municípios foram vendidas 486 unidades em fevereiro, com queda de 17,9% em relação a janeiro (592 unidades) e de 46,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado (905 unidades).
A maior parte das vendas foi de unidades com dois quartos, com 229 unidades (47% do total), seguidas das com três dormitórios (181 unidades e 37% do total), com um 1 dormitório (46 unidades e 10% do total) e com quatro ou mais dormitórios (30 unidades e 6% do total). O VSO de 12 meses desses municípios, de 53,8%, continua maior do que o da capital, de 41,6% no período.
"O efeito sazonal do início do ano continuou a afetar o desempenho do mercado imobiliário. O menor número de dias do mês de fevereiro, o carnaval e as expectativas negativas com relação à macroeconomia derrubaram os níveis de confiança dos consumidores e dos empresários. O reflexo é perceptível no fraco desempenho das vendas e dos lançamentos", avaliou o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.