Liberação de prédio em São Conrado deve demorar quatro meses, diz engenheiro
O engenheiro civil Antônio Eulálio, especialista em estruturas e membro do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RJ), disse hoje (19) que, após a explosão da manhã de ontem (18), moradores do Edifício Canoas, em São Conrado, zona sul do Rio, devem demorar até quatro meses para retomar a rotina, tempo previsto para liberação do prédio.
A estrutura do prédio não foi comprometida, mas os apartamentos, áreas comuns e rede de serviços pecisam passar por reparos. O alemão Markos Muller, de 51 anos, ferido na explosão, permanece internado em estado grave no CTI do Hospital Miguel Couto, na zona sul. Ainda não se sabe o que causou o acidente, mas houve grande vazamento de gás. O laudo da perícia deve ser divulgado em 30 dias.
Advogado do condomínio, Murilo dos Santos informou que a liberação será parcial e uma vistoria da seguradora deve ser feita ainda hoje. "O condomínio está contratando um engenheiro e depois contratará as empresas. Estamos aguardando a vistoria da seguradora, de modo a prosseguir com o trabalho. Vamos começar pelos elevadores, luz, gás, água e assim por diante", acrescentou.
No início da tarde de hoje, os moradores voltaram ao prédio para retirar pertences. Eles puderam ficar no imóvel por cerca de 20 minutos, 10 minutos a mais que ontem.
Segundo o secretário municipal de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Carvalho, a principal suspeita é que a explosão tenha ocorrido no apartamento 1.001.
"Hipóteses dos peritos indicam que a explosão pode ter ocorrido no banheiro ou na cozinha. Havia rabichos desconectados do aquecedor de gás no banheiro. São hipóteses que serão avaliadas pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli, que vai nos dizer efetivamente onde foi o epicentro da explosão", explicou Cavalho.
A Defesa Civil deve iniciar a liberação do prédio a partir de amanhã (20) para reparos nos apartamentos danificados. De acordo com o engenheiro Antônio Eulálio, as intervenções podem se estender por algum tempo.
"Eles podem até morar, porque não há risco, mas vão morar em condições precárias. As obras demorarão meses. Alguns apartamentos estão muito danificados. Será preciso refazer paredes, esquadrias de alumínio e pinturas. O cronograma deve demorar de dois a três meses e depende da contratação de uma empresa para algumas obras, entre elas a colocação do elevador. Montar um novo e liberar o elevador destruído leva pelo menos um mês", afirmou Eulalio.