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ONG lança site para alertar sobre "epidemia" de homicídios na América Latina

Da Agência Brasil
Publicado em 07/05/2015 - 14:06
 - Atualizado em 07/05/2015 - 16:54
Rio de Janeiro

A organização não governamental Instituto Igarapé, voltada para área de segurança e desenvolvimento, lançou hoje (7) o site Observatório de Homicídios, plataforma que mostra, por meio de um globo tridimensional, o número de homicídios no Brasil e no mundo.

A nova ferramenta revela dados com índices nacionais de homicídios de mais de 200 países e índices subnacionais dos países da América Latina e do Caribe. Segundo o instituto, em alguns meses serão incluídas análises específicas com algumas das causas e medidas de prevenção implementadas para combater a violência.

Entre as 50 cidades com as maiores taxas de homicídio no mundo, 22 estão localizadas no Brasil. O levantamento indica que 120 cidades brasileiras têm taxa superior a 30 assassinatos a cada 100 mil habitantes. A primeira delas é a cidade de Ananindeua, no Pará. O Rio de Janeiro aparece na 71ª colocação e São Paulo na 88ª posição.

De acordo com os dados coletados pelo instituto entre 2000 e 2012, houve um aumento nos registros de homicídios no Brasil envolvendo mulheres, mas a maioria dos assassinatos envolve homens. No período, segundo o Instituto Igarapé, 92% das pessoas assassinadas eram homens e 54% tinham entre 15 e 29 anos. As principais causas de mortes na América Latina estão relacionadas ao crime organizado e ao tráfico de drogas.

A ideia do projeto é estimular o debate e inspirar a criação de políticas públicas de prevenção e redução da violência em áreas com taxas elevadas de assassinatos. Segundo a coordenadora do projeto, Renata Giannini, o objetivo da ferramenta é chamar a atenção para o elevado número de homicídios na América Latina.

"Com apenas 8% da população mundial, a América Latina e o Caribe registram 33% dos homicídios. É um número muito alto. Em muitas regiões do mundo os homicídios diminuem, mas na nossa região está aumentando. Então, definitivamente, temos de fazer alguma coisa. O principal objetivo do observatório é chamar a atenção para essa epidemia de homicídios que vivemos", acrescentou Renata.

 

A matéria foi alterada para correção de informação às 16h54