MTE interdita obra do bondinho de Santa Teresa, no Rio
Auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio de Janeiro interditaram hoje (11) as atividades dos operários em via pública, na obra do novo sistema de bondes em Santa Teresa, na região central do Rio de Janeiro.
A medida foi tomada em razão do iminente risco à integridade física dos trabalhadores, sobretudo por causa da ausência de isolamento das vias para execução da obra. Durante a fiscalização, foi verificado que não havia tapume ou barreira de proteção para os operários, nem a devida sinalização na via.
A fiscalização também verificou risco de choque elétrico, com emendas e derivações dos condutores elétricos e falta de aterramento dos equipamentos, o que levou à interdição de um gerador portátil. Outras irregularidades foram constatadas no ambiente de trabalho, como condição insatisfatória de sanitários, muito distantes dos postos de trabalho.
O consórcio Elmo-Azvi, responsável pela obra, foi notificado a apresentar documentação, e deverá sanear sete irregularidades para que a atividade seja liberada. Durante a paralisação dos serviços, os empregados devem receber como se estivessem em efetivo exercício.
No início da semana, o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, admitiu que a obra do bondinho está atrasada e disse que deu ultimato ao consórcio responsável pelos trabalhos, multado em R$ 900 mil no mês passado.
"Nós chegamos ao limite. Demos um prazo até [o final de] junho para que sejam concluídos o assentamento de paralelepípedos e o trecho Carioca-Curvelo. Além disso, até lá a pista da linha Curvelo-Largo dos Guimarães deverá estar concretada e com trilhos assentados", disse. O secretário prometeu, no entanto, afastar o consórcio e fazer outra licitação, caso os novos prazos não sejam cumpridos.
