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Protestos contra retirada de direitos param a Avenida Paulista por 20 minutos

Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 25/06/2015 - 20:27
São Paulo

Milhares de pessoas ligadas a movimentos sociais e sindicatos fecharam hoje (25) por cerca de 20 minutos os dois sentidos da Avenida Paulista, em São Paulo, em frente ao escritório da Presidência da República, próximo à Rua Augusta. A intenção dos manifestantes era protocolar uma lista de reivindicações contra o ajuste fiscal, projeto de lei das terceirizações, maioridade penal e pelo lançamento imediato do Programa Minha Casa, Minha Vida 3.

Manifestantes ocupam a Avenida Paulista

Manifestantes ocupam a Avenida Paulista. A intenção é protocolar uma lista de reivindicações contra o ajuste fiscalFoto CUT/Roberto Parizotti

O protesto recebeu o nome de Quinta-Feira Vermelha. Neste momento, eles deixam a frente do prédio e continuam seguindo pela Avenida Paulista, em caminhada que começou no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e deve seguir até a sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), na Avenida Faria Lima.

O protesto é liderado principalmente pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), mas reúne também integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Intersindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Nacional dos Estudantes (UNE) e do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Segundo a Polícia Militar, o protesto reúne cerca de 2 mil pessoas. Os organizadores estimam em 25 mil o número de participantes.

Segundo Guilherme Boulos, um dos líderes do MTST, ocorre hoje no país “uma ofensiva contra o povo pobre, praticada tanto pelo Congresso Nacional quanto pelo Palácio do Planalto". "Não vamos aceitar que joguem a crise [econômica] no colo dos trabalhadores”, acrescentou.

Durante o protesto, Boulos pediu a liberação imediata das verbas para moradia popular e o lançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida 3. “Vamos parar São Paulo hoje”, afirmou.

“A CUT está aqui para poiar o MTST na pauta que defende o direito dos trabalhadores”, explicou Douglas Izzo, vice-presidente da CUT de São Paulo. Segundo ele, a principal reclamação é contra o projeto de lei das terceirizações.

“Está tramitando no Congresso e já foi aprovado na Câmara dos Deputados um projeto prevendo a terceirizaçaõ da atividade fim no Brasil. Caso ele não seja arquivado, a CUT convocará os trabalhadores para uma greve geral. Entendemos que a aprovação desse projeto representa um atraso para os trabalhadores”, esclareceu.

Em nota, o Ministério das Cidades informou que considera justas as reivindicações do movimento e esclarece que a Fase 3 do Programa Minha Casa, Minha Vida deverá ser será lançada no final de agosto, pois ainda está em discussão com todos os segmentos envolvidos – governos subnacionais, agentes financeiros, entidades organizadas em representação de sociedade civil, dos segmentos da construção (indústrias do cimento, das esquadrias, piso etc).

Na nota, o ministro esclarece que o objetivo desses debates é promover melhorias, ajustes e correções evolutivas em parâmetros na nova fase do Programa Minha Casa, Minha Vida. "A meta do Ministério das Cidades é contratar mais 3 milhões de unidades. Até agora, o Programa Minha Casa, Minha Vida já beneficiou 2,3 milhões de famílias com investimentos de cerca de R$ 257 bilhões."