Polícia aguarda laudos para concluir inquérito sobre a morte de médium
Um mês após a morte do médium Gilberto Arruda, o mais importante guia espiritual do tradicional Centro Espírita Lar de Frei Luiz, em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade, a polícia ainda não concluiu as investigações sobre o caso. Em nota, a Polícia Civil informou que, de acordo com informações da Divisão de Homicídios da Capital, as investigações estão em andamento. Os agentes aguardam os laudos complementares e estão ouvindo testemunhas.
O médium, de 74 anos, foi encontrado morto na casa dele, que ficava dentro do próprio terreno do centro espírita, na manhã do dia 19 de junho – com as mãos amarradas para trás e sentado em uma cadeira – pela mulher dele, que dormia num quarto ao lado.
O delegado Daniel Rosa, responsável pela investigação, pediu prorrogação do prazo para conclusão do inquérito, porque ainda faltam laudos complementares pedidos à polícia técnica, que ainda não foram entregues.
Gilberto Arruda era muito forte, pesava mais de 120 quilos e era mecânico de profissão. Para ser amarrado, ele deve ter sido ameaçado com uma arma, apesar de não ter sido disparado nenhum tiro contra a vítima. Ele tinha ferimentos pelo corpo, principalmente na parte da cabeça, o que pode ter provocado a morte. Na casa do médium eram guardadas doações, e o assassino, para chegar ao local, entrou pelos fundos, passando por uma mata que circunda o terreno.
Criado em 29 de junho de 1947, o Lar de Frei Luiz vive de doações de empresas, confecções e indústrias, e pela seriedade com que trata da fé espírita, dezenas de artistas, empresários e políticos já se submeteram a cirurgias espirituais nesses 67 anos.