Polícia Federal desarticula grupo de extermínio em Alagoas
Grupo de extermínio pode ter envolvimento com tráfico de drogas, dizem policiais federais
A Polícia Federal (PF) prendeu hoje (1º), na Operação Tombstone, 11 pessoas suspeitas de integrar um grupo de extermínio que agia no município de Pilar, em Alagoas. Segundo o delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Fábio Maia, a maioria das vítimas do grupo eram criminosos, incluindo adolescentes. Ele destacou, no entanto, que entre as vítimas havia pessoas inocentes.
De acordo com Maia, o assassinato desses inocentes seria para encobrir e manter o anonimato do grupo. As investigações da PF começaram em julho do ano passado, tendo como base a análise da repercussão de casos de homicídio. Foram identificados 14 homicídios sem autoria entre o segundo semestre de 2013 e o primeiro semestre de 2014. “Acreditamos que ao menos dez foram praticados pelo grupo”, disse o delegado.
O grupo de extermínio, integrado inclusive por policiais civis e militares, argumentava que as ações serviam para reduzir a criminalidade local.
Foram expedidos pela Justiça de Alagoas 12 mandados de prisão temporária, um mandado de condução coercitiva e 18 mandados de busca e apreensão. Um mandado de prisão ainda está sendo cumprido. Além dos homicídios, o grupo está envolvido com tráfico de drogas, roubo e comércio ilegal de armas e munições. Nesta operação, a PF cumpre também mandados judiciais em Sergipe, na Bahia e em Minas Gerais.
Segundo o delegado, um dos suspeitos tentou reagir à prisão e foi atingido por um tiro de raspão no abdômen. Ele foi hospitalizado e não corre risco de morte.
Os presos serão ouvidos na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas e encaminhados ao complexo prisional. Eles responderão pelo crime de associação criminosa, homicídio, tráfico de drogas e comércio ilegal de armas e munições, de acordo com a participação de cada um.
O nome da operação faz referência ao filme Tombstone – A Justiça Está Chegando, de 1993.
