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Secretário não descarta ligação entre chacina na Grande São Paulo e morte de PM

Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 14/08/2015 - 13:09
 - Atualizado em 14/08/2015 - 13:23
São Paulo
Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, fala sobre o combate às explosões de caixas eletrônicos após encontro com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
© Marcello Casal jr/Agência Brasil
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, fala sobre o combate às explosões de caixas eletrônicos (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Força-tarefa  formada  por policiais civis, peritos   e médicos-legistas investigará mortes, diz o secretário Alexandre de  Moraes        Arquivo/Agência  Brasil

As execuções que ocorreram na noite de ontem (13) em municípios da Grande São Paulo resultaram em 19 mortes e deixaram sete pessoas feridas, informou hoje (14) o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, em entrevista à imprensa. A chacina é a maior registrada este ano no estado.

Os crimes foram nos municípios de Barueri, Osasco e Itapevi, em um raio de 7 quilômetros, entre as 21h e as 23h. O secretário disse que não descarta a hipótese de retaliação pela morte de um policial militar e um guarda civil metropolitano. O policial foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) na última sexta-feira (7), em um posto de gasolina em Osasco. Na quarta-feira (12), um guarda civil foi assassinado.

Das seis primeiras vítimas identificadas, cinco tinham antecedentes criminais, uma delas por tráfico de drogas. Por isso, a secretaria reforçou o policiamento nos três municípios da região metropolitana com homens das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e da Força Tática, por receio de que ônibus sejam queimados na noite desta sexta-feira.

Do total de 19 mortes, 15 ocorreram em Osasco, três em Barueri e uma em Itapevi. Foram recolhidas cápsulas de projéteis de pistolas calibres 38 e 380, que são de uso comum, e 9 milímetros, de uso exclusivo das Forças Armadas. Os projéteis serão enviados ao Instituto de Criminalística.

A secretaria formou uma força-tarefa para investigar os crimes, com 50 policiais civis, entre eles 20 investigadores e delegados do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, além de 12 peritos e oito médicos-legistas que farão as necropsias. Os corpos seguem para a capital paulista antes de serem entregues às famílias.

Na entrevista, Alexandre de Moraes afirmou que o policiamento na região de Osasco é suficiente, tanto que a cidade registra taxas criminais baixas. “Não é momento de fazer política em relação a isso”, disse o secretário. Ele informou que houve seis chacinas este ano na capital paulista, das quais três foram esclarecidas.