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Governo desliga 21 térmicas e faz economia de R$ 5,5 bilhões até o fim do ano

Segundo o ministro Eduardo Braga, ainda não é possível estimar o
Da Agência Brasil
Publicado em 05/08/2015 - 19:32
Brasília
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, durante entrevista coletiva, anuncia deliberações da 158ª reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O governo decidiu hoje (5) desligar 21 usinas térmicas a partir de sábado (8), que somam 2 mil megawatts médios de energia. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a medida permitirá a economia de R$ 5,5 bilhões até o final do ano, pois as térmicas que serão desligadas são as mais caras do sistema.

A decisão, proposta pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), foi anunciada após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. O ministério atribuiu a medida aos recordes de geração de energia eólica da Região Nordeste e à perspectiva de os reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste atingirem o patamar de 30% até novembro.

O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, também destacou a redução do consumo de energia para justificar o desligamento das térmicas. “Há uma previsão de redução da carga em 2015 em cerca de 1,8%. O conjunto desses fatores nos permitiu tomar a decisão com segurança”, disse Chipp.

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, durante entrevista coletiva, anuncia deliberações da 158 reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Braga: ainda não dá para estimar impacto da medida na  conta  de  luz   Marcelo  Camargo/Agência  Brasil

Mesmo com o desligamento anunciado hoje, restam cerca de 10 mil megawatts médios em térmicas ligadas. "Já tivemos 15 mil megawatts no momento crítico", ressaltou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.

Apesar da economia esperada, Braga disse que ainda não é possível estimar qual o impacto que a medida terá na conta de luz. “A Aneel  [Agência Nacional de Energia Elétrica], nos próximos dias, irá fazer os estudos para apontar a partir de então qual será a conduta com relação às bandeiras [tarifárias]”, acrescentou.

Desde janeiro, vigora a bandeira vermelha, com adicional de R$ 5,50 a cada 100 quilowatts/hora (kWh) de energia usados pelos consumidores. Com as cores verde, amarela e vermelha, as bandeiras servem para indicar as condições de geração de energia no país.