Governo mantém proposta de reajuste de 21,3% para servidores do Executivo
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão manteve a proposta de reajuste de 21,3% em quatro anos para servidores do Poder Executivo. Reuniões durante o dia de hoje (27), no Planejamento e no Ministério da Educação (MEC), essa última com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) não mudaram o cenário das negociações.
“O secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, recebeu na manhã de hoje os dirigentes sindicais do Fórum Nacional das Entidades do Serviço Público e reafirmou a proposta de reajuste que havia sido apresentada em junho, de 21,3% em quatro anos, entre 2016 e 2019”, disse o ministério do Planejamento, em nota divulgada hoje.
A nota diz ainda que “de acordo com Mendonça, este é o reajuste possível num momento em que o país atravessa conjuntura de restrição fiscal e o governo está revisando seus gastos para equilibrar o orçamento”. Segundo o Planejamento, o impacto nos cofres públicos seria de R$ 32 bilhões até 2019.
A oferta do governo é de 21,3%, divididos em parcelas de 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019. Para os servidores, a proposta está aquém do ajuste pedido, linear de 27,3%. No caso dos benefícios, o auxílio-alimentação passaria de R$ 373 para R$ 458.
“O governo reafirma a proposta anterior. É um elemento que limita o avanço das negociações. A reunião de hoje no MEC avançou muito pouco, para não dizer que não avançou nada”, disse o coordenador-geral da Fasubra, Gibran Jordão.
Ele disse ainda que o governo prometeu analisar as propostas específicas da entidade, como redução da jornada para 30 horas semanais e aprimoramento do plano de carreira da categoria. Ele estima receber uma resposta na próxima semana. Jordão acrescentou que o governo, durante as reuniões de hoje, definiu o dia 11 de setembro como prazo máximo para assinatura do acordo de reajuste. “Estão dando o limite para dia 11. Hoje o governo reafirmou esse prazo para assinar ou não o acordo.”