Túnel em Jacarepaguá será um dos legados das Olimpíadas para a população do Rio
A um ano da abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, marcada para 5 de agosto, a prefeitura do Rio de Janeiro apresentou hoje (4) o túnel da Transolímpica, via que fará a ligação da zona oeste com o subúrbio de Deodoro, na zona norte da cidade, com 25 km de extensão e que reduzirá em duas horas o tempo de viagem entre os bairros onde serão disputadas competições.
A obra, que emprega 3.925 trabalhadores, está 65% pronta e tem previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2016. A estimativa é que o tempo de viagem seja reduzido em 60% - passando de duas horas e meia para 30 minutos - transportando 70 mil passageiros e com previsão de tráfego de 55 mil veículos por dia.
Este é mais um legado que ficará para a cidade-sede dos Jogos, segundo o governador Luiz Fernando Pezão: “A mobilidade [urbana] eu considero um dos maiores [legados], a integração dos BRTs, o metrô, a renovação da frota de barcas”.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que os Jogos Olímpicos serviram para integrar e unir a cidade. “A obra vai diminuir o percurso com BRT e de carro de pessoas que saem de áreas distantes da cidade e que vão poder fazer um tempo de viagem muito menor do que fazem hoje”.
A perfuração das galerias é a etapa mais importante da implantação da via expressa com BRT, integrando os extremos da cidade, além de interligar aos trens da SuperVia e futuramente com outra via, a Transbrasil, em Deodoro. Com 25 km de extensão, sendo 13 km de via expressa, a Transolímpica ligará o Recreio dos Bandeirantes a Deodoro, passando pela Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Vila Militar.
Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e da organização da Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman destacou a importância da obra para a capital fluminense como “um legado extraordinário”, a um ano da abertura dos Jogos Olímpicos.
Este será o quinto túnel em extensão da cidade e o segundo no Maciço da Pedra Branca – o primeiro foi o Túnel José Alencar, aberto em 2012 durante as obras da Transoeste. O projeto ainda inclui a duplicação da Avenida Salvador Allende, além da abertura de novos caminhos pelo Maciço da Pedra Branca, por meio da construção de um túnel. Ao todo, a Transolímpica contará com 18 estações e três terminais. Fruto de uma Parceria Público-Privada (PPP), a construção tem custo previsto de R$ 2,2 bilhões.
Todo o trecho será monitorado por câmeras com imagens transmitidas em tempo real para o Centro de Controle e Operações da prefeitura. Seguindo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o túnel contará com gerador próprio para alimentar iluminação de LED, um sistema à prova de apagões e prevenção contra incêndio, além de subestações de controle e segurança para monitoramento 24 horas.