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Instituto pediátrico da UFRJ lança campanha para captar recursos

Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 14/09/2015 - 20:16
Rio de Janeiro

Com o objetivo de se tornar o melhor hospital pediátrico do Brasil, o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) reuniu hoje (14) deputados e senadores do estado para sensibilizar os parlamentares a aprovarem emendas que destinem verbas para a instituição, no projeto “Em busca dos 100% - quando a causa envolve crianças, o partido é um só”.

Inaugurado em outubro de 1953, o instituto é referência no atendimento a crianças, adolescentes e gestantes para o tratamento de doenças raras e complexas, além de desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão. Segundo o diretor, o médico infectologista Edimilson Migowski, a estrutura do hospital está defasada.

“Pelo menos dois terços do hospital estão longe do que eu chamo de moderno. As crianças sofrem muito porque estão internadas com doenças graves, e você não tem um mínimo de estrutura, não tem uma área de lazer, uma área onde elas possam se distrair entre um e outro tratamento. O complexo cirúrgico também é muito restrito, é uma sala só, e queremos colocar mais três salas de cirurgia, tornando o ambiente mais seguro, mais confortável e dentro das normas da vigilância sanitária”.

De acordo com Migowski, a reunião foi um sucesso, com a participação de um terço dos deputados federais e senadores eleitos pelo estado, pessoalmente ou que com representantes. O médico informa que os parlamentares se comprometeram a destinar, juntos, pelo menos R$ 10 milhões ao hospital no ano que vem, por meio das emendas parlamentares a que têm direito. O valor, segundo Migowski, é maior do que o orçamento anual do instituto, que está em R$ 8,5 milhões.

“Isso vai possibilitar uma modernização do hospital, uma extensão de área e a construção do prédio anexo. Temos o sonho de construir uma enfermaria anexa. O prédio tem mais de seis décadas, está bem ultrapassado e tem dificuldades de se adaptar às normas atuais da Anvisa.”

O governo anunciou hoje o corte de R$ 3,8 bilhões no direcionamento de emendas parlamentares, mas 50% do valor delas devem ser destinados à saúde, prioritariamente na alta e média complexidade.