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Ex-dirigente da Mendes Júnior é condenado a 19 anos de prisão

André Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 03/11/2015 - 15:28
Brasília
Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da Construtora Mendes Júnior, comparece à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, mas permanece em silêncio e é dispensado ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara federal em Curitiba, condenou hoje (3) o ex-vice-presidente da empreiteira Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, a 19 anos e quatro meses da prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Na sentença, Moro também condenou outros dois ex-executivos da empreiteira. 

Na decisão, o juiz condenou os investigados pelo pagamento de R$ 31,4 milhões de propina ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, também condenado, para favorecer a empreiteira em cinco obras da estatal, entre elas a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e a Refinaria do Paraná (Repar). Na sentença, Moro também determinou que Mendes restitua o valor à Petrobras.

Sérgio Mendes foi preso em novembro do ano passado na 7ª fase da Operação Lava Jato, e cumpria prisão domiciliar desde abril, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu conceder o benefício a ele e outros executivos de empreiteiras investigadas na operação. Diante do entendimento do Supremo, Moro impôs medidas cautelares a Mendes, como obrigação de recolhimento domiciliar integral, de proibição de deixar o país e de monitoramento por tornozeleira eletrônica.

Em nota, a Mendes Júnior declarou que a "empresa não se pronuncia sobre inquéritos e processos em andamento".