Chanceler brasileiro e ministro de Luxemburgo condenam atentado em Bruxelas
O ministro dos Negócios Estrangeiros e Europeus de Luxemburgo, Jean Asselborn, classificou como “atos bárbaros” os atentados terroristas na Bélgica. Em visita ao Brasil, onde encontrou-se hoje (22) com o chanceler brasileiro Mauro Vieira no Itamaraty, Asselborn comentou o atentado que matou pelo menos 34 pessoas e deixou vários feridos.
“Como ministro de um país europeu, é difícil encontrar palavras para esses atos bárbaros. Bruxelas sofreu, a Bélgica sofreu. Espero que os perpetradores sejam achados logo. Nossos valores foram desafiados, mas não destruídos”, disse o ministro de Luxemburgo.
Para ele, o conflito na Síria deve ser combatido por todos os países que pretendem eliminar o terrorismo. “O conflito na Síria e suas atrocidades são elementos cruciais do terrorismo na União Europeia. Acho que Estados Unidos, Rússia, Irã e Arábia Saudita e todos os países da União Europeia têm o mesmo alvo. É preciso acabar com a guerra na Síria e eliminar o Estado Islâmico”.
Vieira também comentou o episódio. Ele expressou solidariedade à Bélgica e repudiou os atentados ocorridos na manhã de hoje em Bruxelas. “Queria expressar a solidariedade do governo brasileiro ao povo e ao governo da Bélgica em relação aos atentados ocorridos esta amanhã em Bruxelas. Reiteramos, nos mais fortes termos, nosso repúdio a todo e qualquer ato terrorista, sejam quais forem suas motivações e origem”.
Relações
Mauro Vieira também falou das relações entre Brasil e Luxemburgo, que classificou como “excelentes”. Destacou a participação do país no setor siderúrgico brasileiro e destacou a presença de Luxemburgo nos setores financeiro e comercial do Brasil.
“Nossas relações são excelentes. Tivemos a participação de Luxemburgo na siderurgia brasileira, através da empresa Arcelor Mittal [multinacional sediada naquele país], além da grande presença no setor financeiro”, disse o ministro.
“Em 2015, Luxemburgo foi o terceiro maior investidor no Brasil. Nosso comércio bilateral tem crescido. Reconhecemos que podemos fazer mais para termos um comércio de maior envergadura. Evidentemente que a proporção dos investimentos ajudará nesse sentido”, concluiu Vieira.