Em seminário, Edinho Silva propõe maior aproximação entre EBC e mídias regionais
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, defendeu hoje (2), durante o Seminário Comunicação e Mídia Regional, uma maior aproximação entre veículos de comunicação regional e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Dessa forma, disse o ministro, ao mesmo tempo que produz conteúdo de relevância nacional, a EBC poderá identificar demandas e pautas que interessam às regiões mais remotas do país. O seminário ocorreu no Ministério das Comunicações.
Dirigindo-se a representantes de entidades ligadas a veículos regionais de comunicação, Edinho Silva sugeriu que as organizações ampliem o diálogo para envolver os veículos de comunicação que atuam no interior do país. “NBR, TV Brasil, Agência Brasil e as rádios da EBC produzem conteúdos que são colocados à disposição para emissoras e demais veículos do interior. Se ouvirmos esses veículos, certamente poderemos aperfeiçoar e ampliar nossos temas, bem como aprofundar a cobertura”, disse o ministro na abertura do seminário, organizado pela Frente Parlamentar em Defesa do Fortalecimento da Mídia Regional.
“A Agência Brasil será cada vez mais importante para os veículos regionais. Ela existe para produzir conteúdo com credibilidade que é disponibilizado gratuitamente”, disse o ministro, ao ressaltar a importância da independência do veículo para que obtenha credibilidade.
Para o presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Fortalecimento da Mídia Regional, Pedro Uczai (PT-SC), a EBC produz conteúdo de qualidade, "mas precisa melhor informar o que é produzido por ela mesma”.
No documento final do seminário, Uczai reiterou a necessidade de fortalecer parcerias das entidades do setor de radiodifusão com a EBC, visando à construção de conteúdos para as mídias regionais. “A EBC pode não só produzir, mas receber conteúdos de diferentes regiões do país”, defendeu o parlamentar.
O documento sugere ainda a ampliação de 60 dias para 6 meses, do prazo para transição das rádios AM para FM; o aperfeiçoamento da legislação para o fortalecimento da mídia regional; e a criação de um programa de financiamento de novas tecnologias para os meios de comunicação, inclusive para mídias alternativas e comunitárias. Outra proposta, contida no documento final, é impulsionar a criação ou fortalecimento de entidades do setor a apresentar propostas para o governo para financiamento da mídia regional.
Outorgas
No seminário, o ministro das Comunicações, André Figueiredo, disse que o governo apresentará, ainda no primeiro semestre de 2016, um novo plano de outorgas para a radiodifusão comercial. Com isso, pretende criar condições para o fortalecimento da produção de conteúdo local, principalmente em regiões mais remotas que só recebem sinais gerados nos grandes centros do país.
“A regionalização da mídia é um instrumento indispensável para que a população possa se ver, e não ver apenas problemas oriundos de regiões mais longínquas, como acontece principalmente com quem tem antenas parabólicas e vê apenas os problemas do Rio de Janeiro e de São Paulo”, disse o ministro. “O que queremos é facilitar a produção local de conteúdo. Isso faz com que a população tenha acesso tanto ao noticiário local quanto à divulgação da cultura local”, acrescentou.