Festividades em homenagem a São Jorge atraem multidões no Rio de Janeiro
Como de costume, a Igreja Matriz de São Jorge, em Quintino, na zona norte do Rio de Janeiro, já estava repleta de fiéis do santo na madrugada de hoje (23), com direito a fogos de artifício, peça teatral e missa desta manhã. De acordo com os organizadores, a festa deve atrair cerca de meio milhão de pessoas até o fim do dia.
O ritual de devoção ao chamado Santo Guerreiro começou cedo também na Igreja de São Gonçalo Garcia e São Jorge, no centro da capital, com uma alvorada às 5h.
A enfermeira Janaína Souza, de 25 anos, é devota de São Jorge, assim como os pais e avós. “Desde pequenina, venho com minha família homenagear meu santo guerreiro. Ele é meu padrinho, meu protetor, me dá força. Venho todos os anos”, disse Janaína, que pretende fazer, em breve, uma tatuagem com a imagem do santo nas costas.
O avô de Janaína, Júlio Pereira de Souza, de 72 anos, também não perde as festividades. “Faço questão de chegar de madrugada e não perder nada. Só ele, com sua espada de Ogum [orixá cultuado no candomblé, que corresponde ao santo católico Jorge], corta de nossos caminhos os que se alimentam de ódio e inveja”, afirmou.
A Guarda Municipal montou esquema especial para o feriado de São Jorge, com 520 agentes que trabalham em turnos nos principais pontos de concentração de fiéis, nas igrejas localizadas em Quintino e na Praça da República, no centro.
As homenagens ocorreram em vários outros pontos do Rio. Na Capela São Jorge, em Deodoro, na zona oeste, foram celebradas três missas e, na Pavuna, na zona norte, Na Pavuna, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição celebrou missa de manhã com direito a café comunitário. Em Bonsucesso, na zona norte, houve procissão pelas ruas do bairro. Na Paróquia Nossa Senhora da Cabeça, na Penha, São Jorge foi festejado com missa campal. Na Igreja de São Jorge, em Duque de Caxias, houve missa às 9h e ao meio-dia. Para as 17h, está prevista a tradicional cavalgada pelas ruas do bairro.
São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo e é imortalizado na lenda em que mata o dragão. A lenda conta que São Jorge que era militar e foi torturado pelo imperador romano Diocleciano, por volta do ano 302 d.C. (depois de Cristo), para que se convertesse. Como não renegou o cristianismo, foi degolado no dia 23 de abril de 303 d.C.
Fonte: Festividades em homenagem a São Jorge atraem multidões no Rio de Janeiro