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Ministro do Trabalho considera ruins números do desemprego da Pnad Contínua

Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/04/2016 - 16:58
Brasília

O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, considerou ruins os números de desemprego divulgados hoje (29) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa mostrou que a população desocupada no país cresceu e atingiu 10,9% no trimestre móvel encerrado em março último, num total de  11,1 milhões de pessoas.

“Esta é a maior taxa de desemprego da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2011. Os números são ruins. Causam enorme preocupação, mas o fundamental é trabalharmos para a superação dessa situação, prioridade absoluta para a recuperação da economia, do trabalho e do emprego”, disse o ministro ao participar hoje, na capital paulista, de apresentação da posição do governo federal pela ratificação da Convenção nº 189 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), referente ao trabalho decente para as trabalhadoras e trabalhadores domésticos.

Para o ministro, os números de desemprego se devem, em parte, à crise política do país “Os números não são bons. Temos que reverter esses números do desemprego e trabalhamos para isso. É evidente que o fundamental é, em definitivo, encerrar essa crise, essa artificial crise política construída por golpistas nesse país, que buscam sabotar a capacidade de trabalho do governo. Isso cria instabilidade política, que faz mal ao Brasil e à nossa economia”, acrescentou ele.

Segundo Rossetto, o governo está concentrado atualmente em reverter essa conjuntura econômica. “Temos que interromper essa instabilidade política para que possamos nos concentrar, todos nós, toda a sociedade brasileira, na recuperação da economia brasileira. Nossa economia tem condições de se recuperar. Temos uma economia forte, diversificada e temos que ter um desempenho econômico muito superior ao que estamos tendo”, disse ele.

Convenção

O ministro participou hoje de um evento em São Paulo que reforça um pedido para que o Brasil ratifique a convenção 189 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), aprovada em 2011, e que estabelece um conjunto de direitos para trabalhadores e trabalhadoras domésticos. Segundo o ministro, a presidenta Dilma Rousseff encaminhou, no início deste mês, a convenção 189 ao Congresso, para que lá ela seja aprovada. “Ela estava em processo de análise no governo e, a partir de abril, por iniciativa da presidenta Dilma, foi enviada para avaliação  ao Congresso Nacional. Sendo aprovado pela Câmara e pelo Senado, ela é definitivamente incorporada à legislação brasileira”, explicou Rossetto.

Segundo ele, a demora para a ratificação da convenção é explicada por se tratar de um processo complexo. “É um processo complexo. Todas as convenções da OIT são tratadas dessa forma. São questões complexas, envolvem incorporação e adaptação às legislações nacionais”, disse o ministro.

Rossetto disse acreditar que a convenção será aprovada pelo Congresso Nacional. “[Espero que] seja ratificado nesse Congresso sim. Esse Congresso já aprovou essas mudanças legais importantes [como a lei para os trabalhadores domésticos]. Mas a expectativa é maior. Estamos trabalhando para que essa legislação chegue a todas as mulheres e homens que têm um trabalho doméstico”.