Sobe para 51 o número de policiais militares mortos no Rio desde o início do ano
Com a morte de dois policiais militares neste fim de semana, subiu para 51 o número de PMs mortos desde o início do ano no Rio de Janeiro. O soldado Josenilton Alves dos Santos, 30 anos foi morto a tiros nesse domingo (26), na Rodovia Rio Petrópolis, no acesso à Avenida Brasil, altura da Cidade Nova, em Cordovil.
O policial era lotado na UPP Manguinhos e estava indo para o trabalho, quando sofreu uma emboscada por volta das 5h40 da madrugada. De acordo com a Polícia Militar (PM), ele estava com um coldre vazio na cintura e sem qualquer documento de identificação. Na lataria do carro do policial, os criminosos deixaram a inscrição: “Morre PM”.
Também na madrugada de ontem foi assassinado o tenente da Polícia Militar Theodoro de Souza, 48 anos. Ele integrava a equipe de seguranças do prefeito Eduardo Paes. De acordo com o 41° BPM (Irajá), o militar reagiu a uma tentativa de assalto na Rua Sargento Antônio Ernesto, na Pavuna, zona norte do Rio, e acabou sendo morto pelos assaltantes.
A PM vem intensificando as operações diárias contra o tráfico de drogas, com a participação de 27 batalhões em mais de 70 comunidades do Rio, Baixada Fluminense e Cabo Frio, na Região dos Lagos, todas comandadas pela facção Comando Vermelho.
A finalidade da ação é prender os criminosos que mataram policiais militares nas últimas horas e esclarecer a morte da médica Gisele Palhares Gouvêa, 34 anos, na noite de sábado (26), quando retornava de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Gisele era diretora da Clínica da Família 24 horas, no bairro Vila de Cava, naquela cidade, onde tinha participado de um projeto beneficente à tarde e estava voltando para casa, na Barra da Tijuca, quando foi abordada na saída da Via Dutra com a Linha Vermelha. Ela foi atingida com um tiro na cabeça. A médica ainda chegou a ser encaminhada para um hospital, mas não resistiu ao ferimento.
Solidariedade
Em nota, o secretário de Segurança do estado, José Mariano Beltrame, se solidarizou com os familiares das vítimas e acompanhou de perto as investigações para identificar e punir os culpados das mortes dos policiais militares mortos nos últimos dias, como também da médica Gisele Palhares Gouvêa, morta no sábado ao ser abordada por criminosos na Linha Vermelha, quando voltava da Baixada Fluminense para casa na Barra da Tijuca.
Sobre as reivindicações dos policiais, o secretário reconheceu no comunicado que eles têm trabalhado com profissionalismo para defender a sociedade, mesmo com gratificações e salários atrasados.
Conorme a nota, a atual gestão da Secretaria de Segurança é técnica e baseada nos pilares do Sistema de Metas e das Unidades de Polícia Pacificadora. "Esse foco nos resultados reduziu pela metade o número de homicídios. Atualmente, devido à crise econômica, o mesmo Estado que proporcionou a implantação desta política reduz conquistas a cada mês. No exemplo mais visível e dolorido, com a falta de pagamento do Regime Adicional de Serviço (que pagava pela hora extra dos agentes), a população deixou de contar com mais policiais nas ruas. A secretaria aguarda a liberação dos recursos federais para honrar seus compromissos e dar aos policiais a serenidade necessária para proteger a população", concluiu o documento
* A matéria foi alterada às 20h03 para inclusão de nota da Secretaria de Segurança do estado do Rio de Janeiro.
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