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Garimpeiros são retirados da Terra Indígena Zo'é, no oeste do Pará

Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 18/08/2016 - 10:29
Brasília

Uma operação conjunta - envolvendo Polícia Federal, Ibama, Funai, Ministério Público Federal (MPF), Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio) e a Secretaria de Segurança do Pará - fechou um garimpo localizado no município paraense de Oriximiná, próximo à Terra Indígena Zo'é – no oeste do estado, na chamada Zona Intangível das Florestas Estaduais Trombetas e Paru.

Oito garimpeiros já foram detidos na região que, segundo o MPF, não pode receber nenhum tipo de exploração econômica, medida adotada com o objetivo de evitar a transmissão de malária aos Zo'é. Em 2006, 80% da população indígena foram contaminados pela doença por conta da presença de madeireiros nas proximidades da terra indígena.

Atualmente, os cerca de 300 indígenas que vivem na região correm o mesmo risco, com a instalação de garimpos ilegais na região. As autoridades públicas já haviam descoberto o garimpo durante uma operação nos moldes da atual em março deste ano. Nela, três garimpeiros foram presos. Foi a partir do depoimento de um deles que se soube da presença do outro garimpo

Homologada em 2009, TI Zo´é tem cerca de 670 mil hectares. Por meio de nota, o MPF informou que os garimpeiros presos nas duas operações vinham ameaçando índios e servidores da Funai, e que eles costumavam circular armados pela região.