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Após fortes chuvas, Franco da Rocha aumenta alerta para inundações

Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 18/01/2017 - 15:17
Brasília
Chuva em São Paulo (Felipe Morozini/Facebook)
© Felipe Morozini/Facebook

O município de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, registrou 171,6 milímetros (mm) de chuva nas últimas 72 horas, o que coloca a cidade em estado de alerta máximo, de acordo com a prefeitura. Deslizamentos de terra atingiram oito casas, mas ninguém ficou ferido.

A Defesa Civil monitora as áreas de risco e possibilidades de deslizamento de encostas e barrancos. “O solo encharcado e o nível elevado dos rios e córregos aumentam o potencial para esses acidentes. O momento, então, é de muita atenção”, diz a nota da prefeitura.

A situação mais crítica nesta quarta-feira é a do bairro Vila Belmiro, onde o transbordamento de um córrego invadiu moradias. Na noite do último domingo (15), a forte chuva causou o transbordamento do Ribeirão Euzébio e do Córrego Águas Vermelhas. Os bairros mais afetados foram o Lago Azul, Jardim União e o centro, onde a precipitação chegou a 56 mm.

A ponte de concreto que dá acesso à Vila dos Comerciários foi danificada e chegou a ser interditada pela Defesa Civil no domingo (15). O local foi liberado na manhã da segunda-feira (16). As estradas rurais do município, com difícil acesso, devem ser evitadas.

Represa Paiva Castro

A capacidade da Represa Paiva Castro está hoje (18) em 36,6%, com as comportas fechadas. Segundo a prefeitura, isso representa um limite seguro, sem risco imediato de abertura.

Durante uma chuva forte em março do ano passado, parte da água represada nesse reservatório teve de ser liberada para evitar rompimento da estrutura. A medida agravou as inundações em Franco da Rocha. No total, 240 pessoas ficaram desalojadas e prédios públicos, incluindo a própria prefeitura, ficaram alagados.

Hoje, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) divulgou nota à imprensa negando falsas informações, que estariam circulando nas redes sociais, sobre a possibilidade de abertura de comportas da represa.

“A empresa esclarece que não liberou comunicados com este conteúdo e informa que o índice de armazenamento da represa Paiva Castro está hoje em 36,6%, sem riscos de abertura de comporta. De acordo com o Plano de Controle de Cheias, cabe à Sabesp acionar a Defesa Civil do Estado, que fica responsável por avisar a defesa civil local, quando é necessário acionar o plano de contingência do reservatório”, diz a nota.

Piscinões

Para evitar os frequentes alagamentos, está prevista a construção de três piscinões ao longo do ribeirão Eusébio, que corta o centro da cidade, e seus afluentes. As obras do primeiro piscinão, o AV-3, no ribeirão Água Vermelha, foram autorizadas pelo governo estadual em novembro do ano passado.

Os projetos e a obra, de responsabilidade do Departamento de Águas e Esgoto (Daee), para os outros dois piscinões estão em fase de contratação.